Prisão de rapper Diddy viraliza no TikTok e agita redes sociais. Entenda

Diddy, um dos maiores nomes do hip-hop, agora enfrenta acusações sérias que podem mudar o rumo de sua carreira. Foto: Reprodução da internet

Na noite de segunda-feira, 16 de setembro de 2024, Diddy foi preso por agentes federais em Nova York, após uma acusação formal do Grande Júri Federal. A prisão ocorreu em um hotel no centro de Manhattan, onde Diddy estava hospedado. O TMZ divulgou que fontes anônimas informaram que a prisão foi antecipada devido a possibilidade de fuga do magnata da música nos EUA.

Diddy enfrenta acusações sérias, incluindo conspiração de extorsão, tráfico sexual por força, fraude ou coerção, e transporte para fins de prostituição. De acordo com a acusação, desde 2008, membros da “Combs enterprise” estariam envolvidos em tráfico sexual, trabalho forçado, transporte interestadual para fins de prostituição, coerção e aliciamento para prostituição, além de outros crimes como sequestro, incêndio criminoso e suborno.

A acusação detalha que Diddy organizava festas conhecidas como “Freak off”, onde mulheres eram atraídas sob o pretexto de um relacionamento romântico e, posteriormente, forçadas a participar de atos sexuais prolongados com trabalhadores sexuais comerciais. Durante as buscas em suas residências em Beverly Hills e Miami, foram apreendidos diversos itens, incluindo 1.000 frascos de óleo de bebê, soro fisiológico, entorpecentes e armas de fogo.

Após a prisão de Diddy no Centro de Detenção Metropolitano em Nova York, a equipe do magnata propôs em audiência o pagamento de 50 milhões de dólares para garantir sua libertação sob fiança até o início do julgamento. No entanto, a polícia federal já informou ao juiz que não quer que Diddy seja libertado sob fiança, pois ele representa um perigo para a sociedade e é um risco de fuga. 

A próxima audiência está marcada para o dia 24 deste mês, e até lá, o empresário continuará preso, sob vigilância especial por risco de suicídio. Se condenado, ele poderá pegar prisão perpétua.

O advogado de Diddy, Marc Agnifilo, declarou que a equipe de defesa está desapontada com a decisão de prosseguir com o que considera uma acusação injusta. Ele enfatizou que Diddy tem cooperado com a investigação e se mudou voluntariamente para Nova York em antecipação às acusações.

Acusações feitas acarretam alegações de violência e tráfico sexual

Imagem de vídeo divulgado pela CNN, que mostra o rapper Sean ‘Diddy’ Combs agredindo a ex-namorada Cassie Ventura. Foto: Reprodução/CNN

As alegações contra Combs, anteriormente conhecido como Puff Daddy vieram à tona em novembro de 2023, quando a ex-protegida e namorada, a cantora de R&B Cassie Ventura, tornou-se a primeira de várias pessoas a processá-lo por abuso sexual.

Em documentos de um processo que não foi mantido em segredo de Justiça, Cassie relatou agressões que começaram em 2009. O primeiro incidente ocorreu após ela conversar com um produtor, o que desencadeou um ataque de ciúmes por parte de Diddy. O rapper teria dopado Cassie a forçado a participar das polêmicas festas que ele organizava. A cantora ainda mencionou ameaças e situações extremas como o envio de um carro-bomba para a casa de um ex-namorado dela.

Cassie relatou como Diddy a forçava a usar óculos, chapéus e roupas que escondiam seu rosto e os hematomas deixados pelas agressões. Fotos antigas, agora revisadas, mostram como esses sinais de violência passaram despercebidos pelo público e pela mídia. Mesmo com esses indícios, muitas celebridades “passaram pano” para o rapper, ignorando os abusos.

O processo também alegou que Combs estava envolvido em tráfico sexual, forçando a vítima a participar de atos sexuais em várias localidades e facilitando seu transporte e abrigo para fins de exploração sexual através de coerção, fraude ou força. Além disso, foi mencionado que ele a obrigou a colaborar no tráfico de profissionais do sexo masculinos, com quem Combs a forçava a ter relações sexuais enquanto ele filmava.

Embora o processo tenha sido resolvido no dia seguinte, Combs se envolveu em outra controvérsia quando a CNN divulgou um vídeo vazado que mostrava ele agredindo Cassie fisicamente em um corredor de hotel. O processo também afirmou que Combs pagou ao hotel mais de $US 50.000 (US $ 75.000) pelas imagens de segurança naquela noite.

No dia seguinte, Combs publicou um vídeo nas redes sociais pedindo desculpas, afirmando: “Fiquei enojado quando fiz isso” e “Estou enojado agora”. 

O processo de Cassie foi seguido por pelo menos seis outros nos meses subsequentes. Em fevereiro, um produtor musical Rodney “Lil Rod” entrou com uma ação alegando que Combs o forçou a contratar prostitutas e o pressionou a ter relações sexuais com elas. Outra acusadora afirmou que o produtor de rap a estuprou há duas décadas, quando ela tinha 17 anos.

April Lampos, outra mulher que entrou com uma ação, relatou que era uma estudante universitária em 1994 quando conheceu Combs e passou a vivenciar uma série de “encontros sexuais aterrorizantes” com ele e seus associados, que duraram anos. Combs e seus advogados negaram quase todas as alegações feitas nos processos.

Quem é Sean “Diddy” Combs?

Sean John Combs, mais conhecido como Diddy, é um rapper, produtor musical, empresário e ator norte-americano. Nascido em 4 de novembro de 1969, no Harlem, Nova York, ele é uma das figuras mais influentes do hip-hop. Ao longo de sua carreira, Diddy utilizou diversos nomes artísticos, incluindo Puffy, Puff Daddy, P. Diddy e, mais recentemente, Diddy.

Diddy ganhou fama no mundo da música ao fundar sua própria gravadora, a Bad Boy Records, em 1993. A gravadora ajudou a lançar a carreira de vários artistas de sucesso, incluindo The Notorious B.I.G. Além de sua carreira musical, Diddy também é conhecido por suas empreitadas empresariais, como as marcas de roupas Sean John e Enyce.

Ele acumulou três prêmios Grammy e é amplamente reconhecido por sua influência na indústria musical. Diddy também é amigo próximo de outras estrelas do hip-hop, como Jay-Z e Beyoncé, e já namorou celebridades como Jennifer Lopez e Cassie.

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