Dinheiro
Verão impulsiona bares e restaurantes com alta de 30% e empregos
No Espírito Santo, a estimativa é de que 5 mil novos postos de trabalho sejam criados, incluindo vagas fixas e temporárias
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Serviço em mesa de restaurantes. Foto: FreePik
Com o fim do ano se aproximando, bares e restaurantes no Brasil se preparam para um aumento expressivo no faturamento. O setor projeta crescimento de até 30% nas receitas durante o verão, impulsionado pelas festas de fim de ano, férias escolares e o clima favorável para o lazer fora de casa.
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No Espírito Santo, a estimativa é de que 5 mil novos postos de trabalho sejam criados, incluindo vagas fixas e temporárias, especialmente em funções como atendimento e cozinha. O crescimento reflete o aumento da demanda em estabelecimentos em todo o Estado.
A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) revelou em pesquisa que 40% dos empresários do setor planejam contratar mais funcionários nos próximos meses. Segundo o presidente do Sindbares/Abrasel ES, Rodrigo Vervloet, o trabalho intermitente tem sido uma solução estratégica. “Essa modalidade permite ajustar o quadro de funcionários conforme o fluxo de demanda, especialmente em períodos de maior movimento”, afirma.
Setor impulsiona empregabilidade
Os dados do CAGED mostram que o setor de bares e restaurantes foi responsável por criar mais de 70 mil empregos com carteira assinada em 2024. Em setembro, foram gerados mais de 10 mil novos postos de trabalho, consolidando o segmento como uma importante fonte de empregos.
O setor também desempenha papel relevante na inserção de jovens no mercado de trabalho. Dos 10.530 empregos criados em setembro, quase metade (5.139) foi preenchida por profissionais entre 18 e 24 anos. Essas oportunidades permitem o desenvolvimento de habilidades e a construção de carreiras.
Mudanças no perfil do setor
O mercado de alimentação fora do lar está passando por transformações. Dados da Abrasel, baseados na Receita Federal, mostram que a proporção de microempreendedores individuais (MEIs) no setor caiu de 64,5% em setembro de 2023 para 47,7% em setembro de 2024, sinalizando uma migração para empregos formais.
Uma pesquisa da Serasa Experian apontou que mais de 2 milhões de empresas foram criadas no primeiro semestre de 2024, com o setor de alimentação fora do lar liderando a abertura de novos negócios, representando 6,6% do total. Ao longo do ano, foram gerados mais de 59 mil empregos formais no segmento, absorvendo parte da mão de obra que anteriormente trabalhava como MEIs.
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