fbpx

Dinheiro

Uber: vereador defende criação de ‘terceira via legal’ para setor

Para Marlon Luz, motoristas não deveriam ser nem CLT, nem PJ. Essa terceira via deveria garantir autonomia, mas também ter benefícios sociais

Publicado

em

Uber chega a cobrar 40% do valor da corrida do motorista. Foto: Divulgação/Uber

Uber chega a cobrar 40% do valor da corrida do motorista. Foto: Divulgação/Uber

O vereador paulista Marlon Luz defendeu a criação de uma terceira via de relação trabalhista para os motoristas de aplicativo. Em entrevista ao EStúdio 360, ele explicou que essa terceira via deveria garantir a autonomia do motorista, mas que também tivesse benefícios sociais, como INSS ou aposentadoria. Marlon é uma espécie de influenciador entre os trabalhadores de aplicativo. Ex-motorista de Uber, ele se elegeu vereador em São Paulo e é tratado como representante da categoria. Ele esteve em Vitória ontem para ser homenageado na Assembleia Legislativa.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

“Eu defendo que o motorista de aplicativo tem que ser autônomo. Décimo terceiro e férias são benefícios de um trabalho CLT. Eu acho que o motorista de aplicativo precisa ganhar bem, o suficiente. O que não pode acontecer é os aplicativos ficarem com 40% de uma corrida”, explicou.

Receba os destaques do Estúdio 360 no grupo do programa.

De acordo com Luz, numa corrida de R$ 50,00, os aplicativos chegam a cobrar R$ 20,00 do motorista, deixando-o apenas com R$30,00. Alguns motoristas chegam a ganhar apenas R$ 1,00 por quilômetro rodado. Em alguns casos, os apps aumentam os preços das viagens, mas não repassam esse valor aos trabalhadores.

> Motoristas de aplicativo reclamam da concorrência de mototáxi no ES

CPI

O vereador criou uma Comissão Parlamentar que gerou grandes debates para os trabalhadores e, segundo ele, trouxe benefícios aos trabalhadores. Antes da CPI, o motorista recebia uma proposta de corrida sem saber o valor que receberia pelo trabalho. “Você já viu um autônomo fazer um serviço onde ele não sabe quanto vai ganhar? Não pode.”, pontuou.

A CPI conseguiu alterar essa ferramenta no aplicativo, que obrigou que fosse mostrado pela Uber quanto o motorista iria receber pela corrida. Outra conquista foi o direito de rejeitar as corridas, possibilidade que antes não existia.

Rebu

O vereador desenvolveu um aplicativo chamado Rebu, que serve para ajudar o motorista a saber quais regiões da cidade estão com as melhores viagens e ainda traz uma rede de apoio para trabalhadores, caso aconteça algum crime. O app funciona em todo o Brasil, Estados Unidos e Portugal.

> Veja quais são os novos itens obrigatórios para veículos em 2024

Na política

Antes da atuação como parlamentar, o vereador trabalhava numa empresa de tecnologia. Ao ser demitido, ele passou a trabalhar com a Uber para tentar sustentar a família. Quando percebeu que existiam pessoas com dificuldades de ter ganhos na área, ele reseolveu falar sobre isso nas redes sociais, dando sugestões sobre como ter melhor desempenho no trabalho.

Em 2016, quando surgiu um decreto de proibição dos trabalhadores de aplicativo em São Paulo, Marlon Luz buscou entrar em contato com a política para defender a importância do trabalho. Ele acabou ganhando destaque, e em 2020 foi candidato para vereador na capital paulista.

Confira a entrevista completa


Valorizamos sua opinião! Queremos tornar nosso portal ainda melhor para você. Por favor, dedique alguns minutos para responder à nossa pesquisa de satisfação. Sua opinião é importante. Clique aqui