Serra ultrapassa Vitória e agora é a maior economia do Espírito Santo

Cidade da Serra. Foto: CDL/Serra

A Serra ultrapassou Vitória e assumiu a posição de maior economia municipal do Espírito Santo, segundo estudo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No estudo PIB dos municípios, de 2019, a Serra registrou PIB de R$ 25 bilhões, enquanto Vitória ficou em R$ 21 bi.

As duas cidades estão entre os 100 maiores PIBs do país. Serra ocupa a 39ª posição, Vitória a 47ª e Vila Velha está em 86ª, sendo que Serra e Vila Velha subiram no ranking em relação ao ano anterior, enquanto Vitória caiu: Serra passou de 42ª para 39ª; Vitória, de 34ª para 47ª; e Vila Velha, de 88ª para 86ª.

Em 2019, o PIB do Estado do Espírito Santo totalizou R$ 137,3 bilhões, a preços de mercado corrente, patamar ligeiramente superior aos R$ 137 bilhões gerados no ano imediatamente anterior. O acréscimo do valor nominal do PIB estadual é explicado pelo aumento do nível geral dos preços dos bens e serviços finais produzidos na economia capixaba.

Os resultados do PIB dos Municípios de 2019 revelam que os quatro municípios que apresentaram maior participação no PIB Estadual situam-se na Região Metropolitana da Grande Vitória, sendo, pela ordem, Serra, Vitória, Vila Velha e Cariacica. O estudo mostra ainda que eles respondem por pouco mais da metade da produção econômica do Estado (51,4%). Essa concentração da economia, contudo, vem se reduzindo quando comparados com os resultados de 2002, quando esses mesmos municípios concentravam 59,4% do PIB.

Segundo o Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), que analisou o estudo, o resultado se deve aos movimentos de perda de valor adicionado na indústria extrativa de Vitória e da expansão do município da Serra no setor de serviços. Apenas os municípios de Vila Velha, Cariacica e Cachoeiro de Itapemirim mantiveram suas posições nesse período. Os municípios de Linhares, Aracruz e Marataízes ganharam posição, em maior parte, devido aos movimentos do setor da indústria. Já Presidente Kennedy, Itapemirim e Colatina perderam posição.

“Essa não é uma mudança súbita. É resultado de um processo que já vem de alguns anos. O município da Serra vem mostrando forte participação na economia capixaba, se destacando pelo dinamismo e diversificação dos seus setores de atividades econômicas, não só com a Indústria, mas também no setor de Serviços”, explicou o diretor de Integração do IJSN, Pablo Lira.

Presidente Kennedy tem maior PIB per capital nacional

Em 2019, Presidente Kennedy apresentou o maior PIB per capita do País – R$ 464.883,49 – devido à extração de petróleo. Outros municípios capixabas que estavam no ranking dos 100 maiores Municípios em relação ao PIB per capita foram: Itapemirim, 39º lugar no País em 2019, com R$ 140.287,91; e Marataízes, 41º lugar, com R$ 137.000,71.

“É sabido que PIB per capita não significa necessariamente renda per capita da população. É preciso chamar atenção, então, para a importância do Fundo Soberano criado pelo Governo do Estado. Essa iniciativa faz com que os ganhos econômicos obtidos com a produção de petróleo e royalties sejam transformados em benefícios sociais para o futuro da população capixaba”, ressaltou o diretor-presidente do IJSN, Daniel Cerqueira.

Vitória é a terceira Capital com maior PIB per capita

Entre os Municípios das Capitais, Brasília (DF) foi a capital mais bem colocada do ranking em 2019, com PIB per capita de R$ 90.742,75, valor 2,58 vezes maior que o nacional (R$ 35.161,70). Vitória ficou em 3º lugar, com R$ 59.693,66, valor 1,70 vez maior que o PIB per capita do Brasil.

Em 2018, Vitória ocupava o 2º lugar nesse indicador, com valor 2,19 vezes maior que o nacional, embora menor que a proporção de 2002, quando a Capital capixaba chegava a 2,82 do PIB per capita do País. No outro extremo da tabela, Belém (PA) chegou a uma razão de 0,62, a menor do Brasil.

Na análise que abrange as Grandes Concentrações Urbanas, observa-se que em 2002 a Concentração Urbana de Vitória tinha a 9ª maior razão do PIB per capita. Em 2019, Vitória caiu para a 10ª posição. Em ambos os anos, o PIB per capita era maior que o do Brasil.