fbpx

Dinheiro

Saiba o preço de cada material reciclável que você tem em casa

Como lucrar com a venda de metal, ferro, plástico, óleo, vidro e papelão

Publicado

em

Lixo reciclável. Foto: Pixabay

Lixo reciclável. Foto: Pixabay

A importância da reciclagem para diminuir os impactos do consumo e da geração de lixo não é novidade para ninguém. Muito do que é jogado no lixo pode ser reaproveitado e esse reaproveitamento pode gerar renda a homens e mulheres que trabalham realizando a coleta e o processamento de materiais recicláveis. Papel, plástico, garrafa pet. Parte do que pode ser reciclado, acaba indo para aterros sanitários.

> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!

Reciclar traz benefícios econômicos não só para catadores, mas gasta-se menos com a limpeza urbana, saúde pública, com o controle da poluição dos solos, rios e ar, além da economia na não construção de novos aterros sanitários. E, claro, a reciclagem também é responsável pela geração de empregos. E pode ser também uma opção para quem está determinado a ter uma renda extra. Afinal, você sabe quanto pode custar esse material que você descarta de forma irregular no lixo?

Entre os principais tipos de materiais reciclados comercializados todos os dias, estão: papelão, plástico, ferro, cobre, alumínio, bateria, bronze, chumbo, metal, inox, motores, pneus, vidro, madeira, tetra-park e muito mais. A boa notícia é que existem empresas especializadas e, devidamente, licenciadas para a compra e a venda desse material no Espírito Santo.

A presidente da Associação Banco Regional Ambiental Solidário (ABRASOL), Alvanete da Silva dos Anjos, separou alguns valores médios do quilo de materiais reciclados que podem ser comprados por essas empresas especializadas no estado. Confira:

Metal (R$ 22);
Ferro (R$ 0,80);
Pet de plástico (R$ 3);
Óleo (R$ 2,80);
Vidro (R$ 0,05);
Papelão prensado (R$ 0,52)

Lembrando que é necessário estar atento ao local de venda do material, que deve ser observado se é uma empresa especializada e licenciada. É possível levar para: Aparas Vitória, em Cobilândia, Vila Velha; Ciclo Reciclagem, em Civit II, na Serra; e BioMarca, em Cariacica.

Alvanete ressalta a importância na separação do lixo seco e úmido para facilitar o processo dos catadores. Caso você queira doar esse material para associações, o ideal é levar até os galpões. Para o recolhimento, as associações cobram uma taxa, mesmo sendo doação. A pessoa ainda tem a opção de destinar a um catador autônomo.

COLETA SELETIVA NO BRASIL

No Brasil, 4% dos resíduos sólidos que poderiam ser reciclados são enviados para esse processo, índice muito abaixo de países de mesma faixa de renda e grau de desenvolvimento econômico, como Chile, Argentina, África do Sul e Turquia, que apresentam média de 16% de reciclagem, segundo dados da International Solid Waste Association (ISWA).

Embora o país tenha grande potencial para aumentar a reciclagem, diversos fatores mantêm esses índices estagnados, a começar pela falta de conscientização e de engajamento do consumidor na separação e descarte seletivo de resíduos. Também é preciso destacar a falta de infraestrutura das prefeituras para permitir que esses materiais retornem para o ciclo produtivo, com potencial de recuperação.

SECOS E ORGÂNICOS

Os materiais recicláveis secos representaram 33,6% do total de 82,5 milhões de toneladas anuais de resíduos sólidos urbanos (RSU) produzidos durante o período da pandemia da covid-19, nos anos de 2020 e 2021. De acordo com o Panorama dos Resíduos Sólidos 2021, divulgado pela Abrelpe, o Brasil contabilizou 27,7 milhões de toneladas anuais de resíduos recicláveis.

Embora os materiais recicláveis secos tenham ampliado sua participação no total de resíduos sólidos urbanos (saindo de 31,7% em 2012 para 33,6% na última pesquisa), a fração orgânica permanece predominando como principal componente, com 45,3%, o que representa pouco mais de 37 milhões toneladas/ano.

De acordo com a pesquisa, os resíduos recicláveis secos são compostos principalmente pelos plásticos (16,8%, com 13,8 milhões de toneladas por ano), papel e papelão (10,4%, ou 8,57 milhões de toneladas anuais), vidros (2,7%), metais (2,3%) e embalagens multicamadas (1,4%). Os rejeitos, por sua vez, correspondem a 14,1% do total e contemplam, em especial, os materiais sanitários, não recicláveis. Em relação às demais frações, a sondagem mostra que os resíduos têxteis, couros e borrachas detêm 5,6% e outros resíduos, 1,4%.

A pesquisa da Abrelpe sinaliza que iniciativas de coleta seletiva foram registradas em mais de 74% dos municípios brasileiros, mas ainda de forma incipiente em muitos locais, o que reflete na sobrecarga do sistema de destinação final e na extração de recursos naturais, muitos já próximos do esgotamento. O levantamento mostra que quase 1.500 municípios não contam com nenhuma iniciativa de coleta seletiva.

PERDAS

A falta de reciclagem adequada do lixo tem gerado uma perda econômica significativa para o país. Levantamento feito pela Abrelpe em 2019 mostrou que somente os recicláveis que vão para lixões levam a uma perda de R$ 14 bilhões anualmente, que poderiam gerar receita e renda para uma camada de população que trabalha com essa atividade.