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Porto de Vitória amplia capacidade e pode receber navios maiores

Com dragagem e novos estudos, Vports eleva limite para 83 mil toneladas e aposta na eficiência para atrair novos negócios

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Porto de Vitória. Foto: Divulgação

O complexo portuário de Vitória, operado pela Vports, acaba de dar um novo passo rumo à modernização logística do Espírito Santo. Após a conclusão de obras de dragagem e ajustes operacionais, o porto agora está apto a receber navios com até 83 mil toneladas de capacidade, o que representa um aumento de 70% no número de embarcações tipo Panamax que podem acessar o canal.

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A novidade foi apresentada durante a Intermodal South America, maior feira de logística e comércio exterior da América Latina, realizada em São Paulo. No evento, a empresa também destacou os avanços realizados desde o início da concessão privada, há dois anos e meio, com foco em competitividade e atração de novos negócios.

O que muda na prática

Com a nova configuração, o Dead Weight Tonnage (DWT) — medida que representa a capacidade máxima de carga transportada por um navio — passou de 70 mil para 83 mil toneladas em um dos berços do porto. A atualização técnica e estrutural permite agora a operação de navios graneleiros e de carga geral com maior eficiência, reduzindo o custo por tonelada transportada.

“Esse avanço significa maior eficiência logística e reforça a posição do Espírito Santo como um hub estratégico para rotas internacionais”, afirma o diretor comercial da Vports, Pedro Benevides. Ele ressalta que a ampliação fortalece a capacidade de atender operações de grande escala e longo curso, oferecendo mais competitividade ao mercado capixaba.

Investimentos e resultados

A dragagem recém-concluída custou cerca de R$ 30 milhões, mas faz parte de um pacote mais amplo: R$ 580 milhões em investimentos realizados em conjunto com empresas parceiras desde o início da concessão. Um dos destaques é a revitalização da estrutura ferroviária interna, em Vila Velha, conectada às ferrovias EFVM e FCA.

Segundo o diretor-presidente da Vports, Gustavo Serrão, a expectativa é que a nova pera ferroviária entre em operação ainda em 2025, criando um corredor logístico entre o Centro-Oeste e o litoral capixaba. “Estamos falando de Goiás, Triângulo Mineiro e Espírito Santo conectados por um novo eixo de transporte”, destacou.

A gestão também acelerou a formalização de parcerias. Foram 14 novos contratos firmados com empresas da cadeia portuária nesse período — média significativamente superior à anterior, que era de um contrato a cada quatro anos.

Crescimento acima da média nacional

Os números refletem a nova fase. Em 2024, o complexo portuário de Vitória movimentou 8,4 milhões de toneladas de produtos, um crescimento de 15% em relação ao ano anterior, enquanto a média nacional ficou em 1,2%. A movimentação de contêineres também subiu 30%, com 228 mil unidades (TEUs) registradas.

Entenda o que é Deadweight (DWT)

O termo Deadweight Tonnage — ou peso morto — representa o total de carga que um navio pode transportar, excluindo seu peso estrutural. A conta inclui contêineres, combustível, alimentos, tripulação e água de lastro, que é usada para equilíbrio. A nova capacidade de 83 mil toneladas amplia o leque de navios aptos a atracar no porto, sobretudo os do tipo Panamax, com até 245 metros de comprimento e 32,5 metros de largura.

Com os avanços anunciados, o Porto de Vitória se fortalece como peça-chave da infraestrutura logística brasileira, com capacidade técnica ampliada e gestão voltada para resultados. A expectativa agora é atrair novos fluxos de carga e parceiros estratégicos, consolidando o Espírito Santo como um centro logístico cada vez mais competitivo.

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