Dinheiro
IR: governo propõe isenção parcial para renda até R$ 7 mil
Medida pode beneficiar 26 milhões de contribuintes, mas ainda precisa ser aprovada pelo Congresso

Imposto de Renda 2025 já pode ser enviado. Foto: Reprodução
O governo anunciou, nesta terça-feira (18), um projeto para ampliar a isenção do Imposto de Renda das Pessoas Físicas (IRPF) para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
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A proposta também prevê um desconto progressivo para rendas entre R$ 5 mil e R$ 7 mil. O texto ainda precisa ser aprovado pelo Congresso e, se validado, deve entrar em vigor apenas em 2026.
Caso o projeto seja aprovado, cerca de 26 milhões de brasileiros poderão ficar totalmente isentos do imposto, enquanto outros 10 milhões terão descontos progressivos.
Como funcionará a nova isenção
Segundo o Ministério da Fazenda, a isenção será aplicada da seguinte forma:
- Renda mensal de R$ 5 mil: isenção total. O imposto devido seria de R$ 312, mas com a nova regra, o contribuinte não pagará nada.
- Renda mensal de R$ 5,5 mil: desconto de 75%. O imposto devido, que seria de R$ 436,79, será reduzido para R$ 203,13.
- Renda mensal de R$ 6 mil: desconto de 50%. O imposto de R$ 574,29 será reduzido para R$ 417,85.
- Renda mensal de R$ 6,5 mil: desconto de 25%. O valor, que seria de R$ 711,79, será reduzido para R$ 633,57.
- Renda mensal de R$ 7 mil: sem desconto. O imposto devido será de R$ 849,29, pago integralmente.
Impacto financeiro da medida
A equipe econômica estima que a ampliação da faixa de isenção provocará uma perda de arrecadação de R$ 26 bilhões em 2026. Esse valor deve permanecer nos anos seguintes, já que a medida é de caráter permanente.
Para compensar a redução de receitas, o governo propõe a taxação dos chamados “super ricos”, ou seja, aqueles que recebem mais de R$ 50 mil por mês (R$ 600 mil por ano). A expectativa é arrecadar cerca de R$ 25,22 bilhões com essa nova tributação.
A proposta faz parte de uma série de medidas econômicas para ajustar a arrecadação e reduzir a carga tributária da população de baixa e média renda. No entanto, a aprovação pelo Congresso ainda é um desafio, pois depende de negociações com parlamentares e possíveis ajustes no texto final.
