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Dinheiro

Impactos da Inflação e Expectativas para o IPCA

Maiores efeitos no dia a dia das pessoas são sentidos nos preços de alimentação e habitação

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Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira. Foto: Reprodução

Inflação subiu 0,44% em setembro. Foto: Reprodução

A inflação em setembro subiu 0,44%, ligeiramente abaixo do esperado, trazendo algumas boas notícias no setor de serviços. No entanto, isso não deve alterar a estratégia do Banco Central, que continuará elevando a taxa de juros (Selic). Economistas afirmam que as previsões de inflação para o ano seguem altas, acima do limite desejado.

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Segundo Alexandre Maluf, economista da XP, o aumento do índice de preços ao consumidor foi puxado principalmente pelo reajuste nas contas de energia elétrica, devido à bandeira vermelha, e pela alta nos preços dos alimentos, como carnes bovina e suína.

Impactos para a população

Os maiores efeitos no dia a dia das pessoas são sentidos nos preços de alimentação e habitação, com destaque para o aumento da tarifa de energia elétrica. Esses índices subiram 0,44% e 1,8%, respectivamente. A energia elétrica teve alta de 5,36% em relação a agosto, por causa da bandeira vermelha (R$ 4,463 a cada 100 kWh consumidos) aplicada em setembro. Em outubro, a bandeira vermelha nível 2 deve elevar o custo para R$ 7,877 por 100 kWh.

Nos alimentos, os preços subiram 0,5% no geral e 0,56% nos alimentos consumidos em casa, sendo o principal impacto o aumento da carne, com alta de 2,97%, seguido pelas frutas, que subiram 2,79%.

“Voltamos ao território positivo após algumas quedas. Destaco a contribuição das carnes: vimos uma alta significativa no preço do boi, que já aparece no varejo. O preço da carne de porco também segue forte, com a dinâmica do boi influenciando os substitutos”, explicou Alexandre Maluf.

Desafios futuros

Cecília Perini, líder regional da XP em Minas Gerais e Espírito Santo, destacou que o aumento da inflação já era esperado. “Os fatores climáticos, com longos períodos de seca, afetam diretamente os itens que puxaram essa alta, como a energia e a alimentação, em especial o preço da carne (2,97%) e das frutas (2,79%). As famílias precisarão buscar alternativas nas compras e adotar práticas para economizar energia nas próximas semanas, já que a previsão é de aumento da bandeira vermelha para o nível 2 em outubro”, avaliou.

Com a inflação acima da meta e os preços pressionados, espera-se que o Banco Central continue subindo a taxa de juros para controlar a situação.


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