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“Equilíbrio fiscal deveria ser uma cláusula pétrea da Constituição”, diz Romero Jucá

CONEF reuniu grandes nomes nacionais e locais dos setores de economia, finanças e gestão

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Romero Jucá foi um dos convidados do evento. Foto: Divulgação

Romero Jucá foi um dos convidados do evento. Foto: Divulgação

Na parte da tarde, o Congresso Nacional de Executivos de Finanças (CONEF) seguiu reunindo grandes nomes nacionais e locais dos setores de economia, finanças e gestão, no Espaço Patrick Ribeiro, em Vitória. O primeiro painel da parte da tarde trouxe como tema “Cenário político e agenda de reformas”, com ex-senador da República Romero Jucá e mediado Paulo Gama (analista político da XP investimentos).

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Paulo Gama fez questionamentos ao ex-senador sobre as reformas em andamento no Brasil, a política atual, gastos públicos e lembrou da importância desses temas para o desenvolvimento do país.

O ex-senador da República, Romero Jucá, enfatizou que as reformas são necessárias para o Brasil e lembrou que os desafios do país serão resolvidos, quer queiram ou não, através da política.

“A política é um mundo e o mundo muda todo dia. A política é fundamental e é o que define a sua vida. É importante a sociedade se mobilizar para cobrar a boa política” frisou Jucá, que lembrou ainda que no Brasil está havendo uma discussão da agenda política atual, com a reforma tributária, que deveria ser neutra, mas está prevendo um aumento da carga tributária, e isso precisa ser avaliado e amplamente discutido.

Ao ser questionado sobre os gastos públicos, Jucá foi enfático dizendo que o equilíbrio fiscal é uma questão fundamental. “O equilíbrio fiscal deveria ser uma cláusula pétrea da constituição federal”.

Jucá lembrou ainda que inúmeras agendas mais urgentes estão sendo negligenciadas, como a reforma da previdência, a Inteligência artificial, crédito de carbono e outros.

“Estamos numa discussão tão rasa na política, muito aquém da nossa sociedade. Somos a nona economia do mundo, e provavelmente seremos na oitava no próximo ano, passando de países como Itália, por isso que a gente da sociedade tem que cobrar da política essas discussões“, lembrou Romero.

“O Espírito Santo por força da sociedade baniu o crime organizado da política. Esse é uma conquista da sociedade capixaba. A sociedade do Espírito Santo tem que cobrar dos seus candidatos alguns dogmas, questões sociais que são conquistas e que não podem voltar atrás”, frisou o ex-senador, que disse ainda que acredita no Brasil e acredita que a política é a solução, mas a sociedade tem que fazer seu papel e cobrar isso.

Brasil que dá certo e suas boas práticas

No painel o “Brasil que dá certo e suas boas práticas”, mediado pela diretora executiva do IBEF-ES, Ana Paula França, trouxe Dayse Guelman, vice-presidente de finanças e suprimentos da Latam e AngloGold Ashanti Brasil; Cristina Morgan Cavalcanti, CFO da Anglo American e Isabele Duran Cordeiro, diretora executiva do Comitê Olimpico Brasileiro.

A diretora executiva do IBEF-ES, Ana Paula França, trouxe a discussão sobre o uso responsável da inteligência artificial, boas práticas e o papel do financista nas instituições. Foram apresentadas algumas ações de inovação implantadas nas empresas, adoção de boas práticas e de compliance.

Dayse Guelman, vice-presidente de finanças e suprimentos da Latam e AngloGold Ashanti Brasil, falou sobre algumas mudanças na cultura organizacional da empresa, que gerou economia e melhoria na qualidade de vida dos funcionários. Isso impacta da produção, economia e resultados positivos.

Isabele Duran Cordeiro, diretora executiva do Comitê Olimpico Brasileiro, também falou sobre as mudanças culturais de bem-estar junto ao colaborador agrega valores e gera mais satisfação e com isso uma produtividade mais saudável.

“As pessoas estão cada vez mais animadas e querendo entrar no mercado do esporte devido a essa mudança de postura do COB”, lembrou Isabele.

Cristina Morgan Cavalcanti, CFO da Anglo American destacou o papel da tecnologia no mundo moderno. “A tecnologia desempenha papel fundamental no mundo e nós utilizamos em nossas operações, nas finanças não é diferente. A tecnologia vem para trazer ganho de produtividade, confiabilidade nos números, ajuste de rotas quando necessário. Quanto mais digital, mais rápido teremos acesso e podemos adotar ajustes de postura de forma mais rápida.”

Dayse Guelman, vice-presidente de finanças e suprimentos da Latam e AngloGold Ashanti Brasil; falou sobre o perfil do financista atual. “O profissional da área financeira precisa ter integração e proximidade com a operação. A diversidade de ações traz melhores resultados”, afirmou Dayse, que frisou ainda que as habilidades interpessoais são fundamentais.

IBEF-ES

O IBEF-ES foi o anfitrião de 2024, contando com a presença do governador Renato Casagrande, do vice-governador, Ricardo Ferraço, além de empresários de vários setores. O encontro abordou temas voltados para a economia mundial e relevantes para as organizações, como continuação do ajuste fiscal; agenda de reformas; conexão entre os estados fora do eixo Rio-São Paulo; boas práticas e estratégias financeiras; cases empresariais de sucesso; crise climática e impactos nos negócios.


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