Dinheiro
Ifood diz que entregadores ganham mais do que em antigos empregos
Bloisi revelou que empresa perdeu R$2 bilhões na pandemia. Ele também destacou a necessidade de estabelecer empresas e promover a distribuição de riqueza

Ifood, entregador, aplicativo. Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
O CEO do iFood, Fabrício Bloisi, defendeu que a maioria dos entregadores está satisfeita com a empresa. Em entrevista ao programa Caminhos com Abílio Diniz, Bloisi disse que a empresa empregou 200 mil entregadores nos últimos quatro anos.
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Ele também enfatizou que a maioria deles está satisfeita com seu trabalho. No entanto, ele salientou a importância de criar empregos através da tecnologia, ao mesmo tempo que reconhece a necessidade de garantir a previdência para os entregadores, pensando a longo prazo.
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“No decorrer desses 4 anos, conseguimos envolver 200 mil pessoas como entregadores, e surpreendentemente, 70% deles estão muito satisfeitos e felizes com o trabalho. É importante notar que há uma grande parcela de cerca de 200 mil entregadores que estão animados, satisfeitos e sentem que têm mais flexibilidade do que nunca. “, disse.
Além disso, Bloisi ressaltou a importância de uma regulamentação clara e adequada para garantir um ambiente justo e seguro para os entregadores e para o crescimento sustentável do setor de entrega de alimentos. Ele acredita que a colaboração entre empresas como o iFood e o governo é essencial para encontrar soluções equilibradas que beneficiem a todos os envolvidos.
“Muitas pessoas acreditam que durante esse período ganhamos dinheiro, mas na realidade, sofremos um prejuízo significativo. No entanto, decidimos investir durante esse período para atender às necessidades do Brasil. Embora não sejamos uma empresa pública, temos o porte necessário para nos tornarmos uma empresa desse tipo”, explicou.
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Ele ainda contou que o Ifood optou por assumir maiores riscos, inovar e testar novas abordagens, mesmo durante os períodos em que é preciso fechar mais tempo. “Em algum momento, nosso conselho de administração poderá considerar que é o momento certo para nos tornarmos uma empresa pública”, pontuou.
Bloisi acredita que nos últimos anos, o espaço de inovação brasileiro amadureceu rapidamente, com um aumento no número de investidores, capital e talento local, todos prontos para impulsionar o setor de tecnologia.
Ele destacou a necessidade de estabelecer empresas eficientes e promover a distribuição de riqueza a nível local, enquanto equilibra o crescimento empresarial com o desenvolvimento social. O empreendedor também manifestou o incômodo em relação à complexidade das leis brasileiras e como elas afetam o investimento estrangeiro.
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“Se olharmos para os Estados Unidos, vemos que a eficiência empresarial contribuiu para o enriquecimento do país. Da mesma forma, a China, muitas vezes vista como um país mais pobre, alcançou um PIB 50% maior que o do Brasil e retirou 500 milhões de pessoas da pobreza, em grande parte devido à eficiência de suas empresas.
Para ele, é necessário ser a favor das empresas para que haja um impulso no progresso do país. Ao mesmo tempo é importante garantir que a distribuição dos recursos melhores, não podendo esquecer o desenvolvimento.
*Com informações 55 Content.
