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Arroz comprado em leilão deve chegar ao ES. Acaps é contra

Nesta quinta-feira, o Governo Federal comprou mais de 263 mil toneladas de arroz. A ideia é evitar alta de preço com a enchente causada no RS

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Arroz em leilão

O arroz comprado em leilão deve chegar ao ES. Não se sabe quando. Foto: Agência Brasil

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) comprou 263,3 mil toneladas de arroz importado em leilão nesta quinta-feira (6). A medida foi tomada para conter a alta do produto nacional após a tragédia das enchentes do Rio Grande do Sul, um dos principais produtores do alimento.

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A estratégia do leilão foi adotada para reduzir o preço do arroz, que chegou a aumentar 40% por causa das enchentes. A medida, no entanto, vem causando polêmica. 

O governo pretende vender o arroz em embalagem específica a R$ 4 o quilo, de forma que o preço final não ultrapasse R$ 20 pelo pacote de 5 quilos.

A expectativa é de que o arroz também chegue às prateleiras no estado. O presidente da Associação dos Supermercadistas do Espírito Santo (Acaps), Hélio Schneider, diz que o Governo se precipitou. “Pelos dados levantados, a perda de arroz foi de 16%, o que é muito pouco levando em consideração que além do Rio Grande do Sul, outros estados também são produtores. Além disso, até ele chegar a situação já estará normalizada”, afirmou.

Para Schneider, houve uma dificuldade nas primeiras semanas após a enchente no RS, o que causou um aumento nos preços, mas que foi causado principalmente pela logística no transporte da mercadoria. “Ou seja, o transporte foi que onerou bastante, já que as carretas tiveram que fazer um percurso maior para chegar até o destino. Isso onerou em até 15% na semana, mas depois normalizou”.

A compra foi feita pelo Governo nesta quinta-feira, mas ainda não se sabe quando o arroz vai chegar nas prateleiras. “Não sabemos quando e nem como será a logística da distribuição. Vai ser um custo grande para o Governo fazer essa distribuição”, avaliou.

Outro ponto polémico é em relação à qualidade do arroz comprado no leilão. “Não temos conhecimento desse produto. Não conhecemos a qualidade e, segundo informações extraoficiais, é de baixa qualidade e está muito aquém do que é produzido nacionalmente”.

O arroz será destinado a pequenos varejistas, mercados de vizinhança, supermercados, hipermercados, atacarejos e estabelecimentos comerciais em regiões metropolitanas, com base em indicadores de insegurança alimentar.

O leilão chegou a ser barrado pela Justiça Federal em Porto Alegre. O presidente do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), Fernando Quadros da Silva, entretanto, acatou pedido da Advocacia-Geral da União (AGU) e liberou a realização do pregão.


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