Dia a dia
Vila Velha admite debater lei que proíbe circulação de catadores
Em março, entrou em vigor a Lei 6.803 que coíbe a circulação dos carrinhos, movidos por propulsão humana, para coleta de material reciclado na cidade
Após catadores de materiais recicláveis protestarem, na manhã desta quinta-feira (13), em frente à Prefeitura de Vila Velha, o poder municipal admite debater a lei que restringiu a circulação dos carrinhos usados na coleta de resíduos em ruas e avenidas da cidade.
Em março, entrou em vigor a Lei 6.803 que coíbe a circulação dos carrinhos, movidos por propulsão humana, para coleta de material reciclado na cidade. Eles não podem circular a 300 metros dos terminais de transportes públicos, nem nas rodovias, na orla, vias urbanas coletora e arterial.
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A proposta da legislação alegava como objetivo proporcionar as pessoas do risco extremo de exaustão física e exploração, encaminhamentos assertivos e consensuados, uma vez que se encontram em situação de vulnerabilidade.
Na época, a secretária de Assistência Social, Letícia Goldner, disse que era uma oportunidade do município oferecer condições dignas e de promoção à pessoa humana. “Nosso papel é acolher e acompanhar essas pessoas, que já vinham sendo assistidas. Com apoio do Sine de Vila Velha, vamos encaminhá-los ao mercado de trabalho, estreitar laços familiares, dar condições dignas de sobrevivência e existência” explicou.
No entanto, nesta quinta-feira, os catadores, com as respectivas carroças paradas e enfileiradas na Avenida Santa Leopoldina, na Praia de Itaparica, fizeram um ato pacífico. Aos gritos, com cartazes e faixas, pediram para o município não tirar o sustento de suas famílias.
A Prefeitura de Vila Velha disse que recebeu, ainda nesta quinta-feira, um grupo de representantes da categoria para dialogar sobre o tema. Ficou definido uma nova reunião na próxima semana para apresentação de propostas para adequação da lei.

Protesto de catadores de materiais recicláveis em Vila Velha. Foto: Laiany Milanezi
