Venda Nova do Imigrante terá Praça da Ciência e observatório astronômico

Cidade de Venda Nova do Imigrante. Foto: Prefeitura de Venda Nova

Venda Nova do Imigrante, na Região Serrana, receberá uma Praça da Ciência e um observatório astronômico. As obras estão programadas para iniciar no segundo semestre deste ano e devem ser concluídas até 2027, com um investimento previsto de mais de R$ 400 mil. A construção é fruto de uma parceria entre a Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e a Fundação Espírito-santense de Tecnologia (Fest).

A praça será erguida no bairro Vila Betânia, próximo ao Centro Cultural e Turístico Máximo Zandonadi. O espaço contará com equipamentos interativos acessíveis a diversos públicos, como um giroscópio humano e um jardim sensorial. O objetivo é promover a educação ambiental através da reconexão com a natureza.

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“Esperamos que a praça se torne uma referência para as escolas locais, que poderão utilizá-la como um ambiente educativo para os estudantes, além de servir aos turistas que frequentam a cidade”, explica o professor Gabriel Luchini, do Departamento de Física, que lidera o projeto junto com a professora Viviana Corte, do Departamento de Biologia.

O Observatório de Venda Nova do Imigrante (OVNI) será instalado na comunidade do Alto Caxixe, na zona rural do município. “O observatório estará em uma área afastada do centro da cidade, em um ponto de maior altitude. As atividades no OVNI serão realizadas em horários específicos, devido à sua localização, e serão organizadas principalmente para grupos escolares”, explica Luchini.

“A proposta é que o OVNI funcione como uma base para que as pessoas possam observar de perto eventos astronômicos como chuvas de meteoros, alinhamentos planetários, entre outros. O OVNI contará com o suporte do GOA (Gaturamo Observatório Astronômico), que é o nosso observatório na Ufes”, complementa o professor.

FINANCIAMENTO

A maior parte do recurso para a execução do projeto é proveniente de uma parceria com a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). A agência de fomento, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), irá financiar R$ 299.998,40. A prefeitura de Venda Nova investirá R$ 106.242,66.

A implementação dos equipamentos em Venda Nova é resultado de uma parceria de longa data da Ufes com o município, através de projetos de extensão que visam divulgar, promover e popularizar a ciência, como a Feira do Conhecimento e o projeto Ciência Móvel.

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Após o período da pandemia, o professor Luchini e outros docentes envolvidos em atividades científicas anteriores foram procurados pela Prefeitura de Venda Nova. “Naquele momento, coincidiu com a abertura de um edital da Finep, e decidimos que seria uma excelente oportunidade para irmos além das ações usuais e coordenarmos a construção de uma praça da ciência na cidade. A ideia era proporcionar um local específico para essas diversas atividades educativas, promovidas por diferentes administrações municipais, que pudesse ser integrado à vida cotidiana e ao forte potencial turístico da cidade”, destacou o professor.

LETRAMENTO CIENTÍFICO

De acordo com Gabriel Luchini, o objetivo principal do seu trabalho e dos demais professores que o acompanham é o letramento científico. “A ciência e o acesso ao conhecimento são ingredientes fundamentais e necessários para uma sociedade saudável”, garante o docente, que nessa missão conta com o apoio da coordenadora do Laboratório de Popularização da Ciência (LabPOP), Viviana Corte, e dos responsáveis pelo Observatório Astronômico Gaturamo, Márcio Malacarne e Messias Cevolani.

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Luchini ainda destaca o papel da UFES no desenvolvimento do Espírito Santo e sua importância na formação de profissionais qualificados que atuam em pesquisas presentes no cotidiano da população capixaba.

“A construção desta praça da ciência em Venda Nova do Imigrante é um marco importante no atual momento em que a Universidade deseja reforçar os laços com a comunidade onde está inserida. Ela traz a mensagem de que a ciência e o conhecimento são direitos de todos e são fundamentais para avançarmos em direção a uma sociedade mais digna e humana”, conclui o professor.

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