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Veja o que se sabe sobre a investigação contra o influencer Renato Cariani

Influenciador fitness é suspeito de participar de esquema milionário que desviava substâncias para produzir crack

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Renato Cariani é influenciador fitness. Foto: Reprodução

O influencer fitness Renato Cariani, 47 anos, foi alvo da Polícia Federal (PF), na manhã desta terça-feira, de operação da Polícia Federal com o objetivo de desarticular organização criminosa que desviou produtos químicos para produção de drogas.

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As equipes da PF cumpriram mandados de busca e apreensão na Anidrol, indústria química na Grande São Paulo que tem Cariani como sócio. A “Operação Hinsberg” conta com 18 mandados de busca e apreensão, em endereços de São Paulo, de Minas Gerais e do Paraná.

As investigações iniciais mostraram que o esquema envolvia notas fiscais fraudadas por empresas licenciadas para vender produtos químicos em SP, por meio de “laranjas” — que faziam depósitos em espécie como se fossem funcionários de grandes multinacionais — e vítimas que figuraram como compradoras.

Foram identificadas 60 transações vinculadas à organização criminosa, totalizando aproximadamente 12 toneladas de produtos como fenacetina, acetona, éter etílico, ácido clorídrico, manitol e acetato de etila. A combinação rendeu mais de 19 toneladas de cocaína e crack prontas para consumo.

Depósitos de R$ 212 mil, em dinheiro vivo, em nome da AstraZeneca deram origem a toda a investigação, que levou às buscas e apreensões na mansão do influenciador. O laboratório não reconheceu os repasses e fez a denúncia à Polícia Federal.  O influencer e outras três pessoas tiveram a prisão preventiva solicitada. O pedido, no entanto, foi negado pela Justiça.

Anidrol e AstraZeneca

Em 2017, a AstraZeneca foi notificada pela Receita Federal para explicar negócios com a Anidrol. A Receita identificou depósitos o valor de R$ 103,5 mil e outro de R$ 108,5 mil, nas contas da Anidrol em nome da AstraZeneca.

A Anidrol respondeu a notificação dizendo que forneceu à AstraZeneca cloreto de lidocaína, substância usada pela indústria farmacêutica e que também pode ser manipulada para a produção de crack.

Por outro lado, AstraZeneca afirmou aos investigadores que nunca manteve “qualquer relação comercial” com a Anidrol e que a empresa não está cadastrada na relação de fornecedores.

A partir de uma denúncia em 2019, a PF descobriu que Fabio Spinola, um amigo do influencer, era o homem que se passou por um representante da AstraZeneca. Em abril deste ano, Spinola foi alvo de uma outra operação da PF contra tráfico de drogas.