Dia a dia
Prefeitura vai recolher e tratar animais de rua com esporotricose
Programa é da Prefeitura de Vitória. Doença, causada por fungo, provoca feridas na pele e pode ser transmitida entre animais e humanos
A Prefeitura de Vitória vai ofertar o serviço inédito de tratamento e recolhimento de animais de rua com esporotricose. A doença é uma zoonose, ou seja, pode ser transmitida entre animais e humanos e provoca feridas na pele. A solenidade de assinatura do contrato foi realizada nesta segunda-feira (11).
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Atualmente, a prefeitura conta com o Programa de Esporotricose Animal, que promove o tratamento de animais com suspeita da doença, desde que uma pessoa se responsabilize por esse animal. Com o novo contrato, serão contemplados os animais errantes com esporotricose, que são cães e gatos encontrados em via pública e que não possuam tutor ou um responsável. Os animais serão levados para um rancho, receberão tratamento por um ano e depois serão encaminhados para adoção.
“Estamos dando um avanço significativo e uma solução definitiva para um desafio que é nacional. Infelizmente os casos de esporotricose têm aumentado não só nos animais, mas também nos humanos. Além do ato de amor, porque aqui nós estamos falando do amor, da relação de nós humanos com os animais, nós vamos tratar também, claro, de saúde pública”, disse o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini.
Serão oferecidos os serviços de recolhimento de animais errantes, exames laboratoriais, internação, tratamento ambulatorial, medicamentos, vacinação, microchip, cirurgia e esterilização. O serviço vai atender 230 animais simultaneamente.
A presidente da Sociedade Protetora dos Animais do Estado do Espírito Santo, Regina Mazoco, destacou a importância da ação. “Estou muito feliz porque esse é um sonho das protetoras. É um sonho nosso porque a esporotricose causa muita dor no animal e o ferimento vai crescendo e o animal tem um sofrimento terrível. Agradeço imensamente pela sensibilidade com a causa”, disse.
Como funciona
As solicitações para recolhimento de animais de rua suspeitos de esporotricose continuam sendo feitas pelo canal 156. A equipe do Centro de Vigilância em Saúde Ambiental (CVSA) fará a triagem, e uma equipe irá até o local para fazer a avaliação do animal. Será recolhido somente o animal que a equipe confirmar não ter nenhum tutor ou responsável.
O animal será levado para o CVSA onde ficará em gatil individual, aguardando o recolhimento pela empresa contratada (Rancho Bela Vista). No local, o animal receberá todos os primeiros atendimentos, será implantado o microchip que será o seu CPF e, por meio dele, o CVSA vai monitorar toda a sua evolução, enquanto estiver internado no Rancho.
O animal pode ficar internado no Rancho por até 12 meses. Após a alta, o animal retorna ao CVSA para ser disponibilizado para adoção.
Doença
Transmitida de animais para animais e deles para humanos, a esporotricose é uma doença causada por um fungo de nome Sporothrix Schenckii. A micose é produzida por meio de ferimentos causados por arranhões ou mordidas de gatos infectados. Em geral, é observada, primeiramente, na pele e causa lesões parecidas com picadas de insetos.
Sintomas
O principal sintoma em humanos é o surgimento de uma ou mais lesões na pele nos trajetos dos vasos linfáticos depois do contato com gatos doentes com lesões ou com matéria orgânica infectada. As pessoas podem apresentar sintomas nas articulações com inchaço, vermelhidão e dor local da lesão. É comum ocorrerem aumento e dor nos gânglios linfáticos (ínguas).
Já nos felinos é comum surgir feridas com difícil cicatrização, principalmente nas extremidades das patas, no focinho e ponta de orelha. Na maioria dos casos envolve apenas a pele ou tecidos subcutâneos. No entanto, quando acomete o sistema respiratório do gato, o estágio da doença é mais grave e requer cuidados especiais.
Quando houver lesões com difícil cicatrização, por mais de 30 dias, procure o médico veterinário. As solicitações de consulta de esporotricose também devem ser realizadas através do 156.
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