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Pandemia deve causar perda de R$ 1 bilhão aos municípios do ES

Projeção é que as perdas podem chegar perto dos 6% da receita global das cidades capixabas

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Finanças dos municípios devem ser afetadas pelo coronavírus. Foto: Pixabay

Os municípios capixabas devem terminar o ano com um impacto negativo significativo nas finanças por conta da pandemia do coronavírus. A estimativa é de que as perdas das receitas próprias não vinculadas cheguem a R$ 1 bilhão até o fim do ano, representando uma queda absoluta de 15%, em média, em relação ao ano anterior. As receitas não vinculadas são aquelas que não possuem uma destinação obrigatória pré-estabelecida.

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Segundo Alberto Borges, diretor da Aequus Consultoria, instituição responsável pela projeção, apesar da queda expressiva, os municípios capixabas receberão uma compensação do governo federal que gira em torno de R$ 630 milhões. Com isso, a perda efetiva de receita não vinculada seria de R$ 370 milhões.

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Borges explica que, caso as projeções se confirmem, as perdas podem chegar perto dos 6% da receita global das cidades do Espírito Santo. Mesmo com um cenário muito desfavorável em meio à pandemia do coronavírus, ele avalia que é possível suportar esses prejuízos.

“Temos uma situação dura pela frente. Estamos em ano eleitoral, período dramático para os prefeitos cortarem despesas. No entanto, o que sobre como ajuste, agora, é fazer o corte de gastos. Apesar da dificuldade, isso é factível porque é possível encarar essa perda com essas medidas de ajuste”, comentou.

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De acordo com Alberto Borges, apesar de os impactos serem grandes, principalmente para os municípios com maior presença de indústrias, algumas cidades devem conseguir compensar essas quedas.

“Perdem mais as cidades com nível de desenvolvimento maior e com grandes plantas industriais, como Vitória, Serra, Aracruz e Anchieta. Apesar disso, 2019 foi um ano bom para os municípios do ponto de vista da receita que, em geral, cresceu 9%. Então, muitas cidades conseguiram montar uma reserva”, destacou.

Borges destacou ainda que os meses de junho e julho já demonstram uma recuperação tímida da atividade econômica. No entanto, ele frisa que a retomada da economia ainda depende de como a pandemia irá prosseguir e, consequentemente, impactar as finanças dos municípios.

Confira a entrevista completa feita pela rádio BandNews FM ES: