Motos e ônibus vão dividir mesma faixa na Terceira Ponte

Os motociclistas vão ganhar mais segurança com a conclusão da obra de ampliação da Terceira Ponte. Foto: Divulgação/Governo do Estado

Os motociclistas que trafegam diariamente na Terceira Ponte vão ganhar um corredor exclusivo após a conclusão das obras na via. De acordo com o empresário José Emílio Brandão, presidente da Metalvix Engenharia,  o projeto prevê que os motociclistas ocupem uma faixa na mesma pista que será dedicada também aos ônibus. A empresa é responsável pelo projeto de ampliação da ponte e construção da ciclovia. 

“Com isso, os motociclistas saem do meio da ponte e vão para a terceira pista, que será mais larga. Além disso, a circulação de ônibus é menos constante, quando comparada com a dos veículos comuns, ou seja, isso abre espaço para as motos circularem. Dessa forma, teremos redução sistemática dos acidentes que vêm ocorrendo. É uma solução de engenharia de tráfego muito interessante porque evita que o motociclista fique transitando entre as duas pistas internas”, afirmou. A circulação das motos é uma das principais dúvidas de quem utiliza a Terceira Ponte. Para muitos motoristas, seria impossível elas continuarem a transitar pelos corredores formados entre as filas de veículos, porque o espaço ficará bem menor.

Dantas afirmou ainda que as obras da ciclovia, instalada nas margens externas da ponte, estão 98% avançadas e que o restante dependia de uma decisão da prefeitura de Vila Velha sobre onde seria a entrada para a via. Segundo ele, optou-se pela descida ao lado da ponte, na avenida Champagnat, já que atualmente existe uma obra de retirada da cobertura do Canal da Costa. A previsão é de que os trabalhos, tanto da ciclovia quanto da ampliação das faixas de rolamento da ponte, sejam entregues até o fim de maio.

Obra é segura, diz engenheiro

A estrutura da ciclovia pesa 2,5 mil toneladas. Uma das preocupações dos motoristas está relacionada à capacidade da ponte, inaugurada em agosto de 19898, suportar esse acréscimo de peso. José Emílio Brandão demonstra tranquilidade sobre esse tema. Ele afasta a possibilidade de qualquer problema e, ao contrário, garante: a Terceira Ponte vai ficar mais segura. “[A ponte] é um equipamento de quase 40 anos, mas extremamente bem conservado. O que estamos fazendo é pendurar essas 2,5 mil toneladas e dar uma estabilidade maior. O vento é sempre um elemento de carga muito intenso, e estamos colocando exatamente duas ‘asas de avião’ para ela ficar mais estável”. 

Para ter essa segurança em relação à instalação da ciclovia, a Metalvix recorreu a testes realizados na Europa. Segundo José Emílio, a Terceira Ponte foi reproduzida em uma maquete, com o acréscimo da ciclovia, replicando, em medidas proporcionais, a estrutura da ponte e a da ciclovia. A maquete foi colocada em um um equipamento especial para testar as consequências do acréscimo da nova estrutura. “Essa maquete foi instalada dentro de um túnel de vento e esse túnel simulou todas as condições de funcionamento da ponte atual. E definitivamente temos um equipamento mais seguro e com uma estabilidade maior que até então usufruída pelo capixaba”, disse.