Dia a dia
Morte de bebê no ES teria sido por reanimação feita de forma errada
Polícia descartou agressão e apontou que marcas no corpo da criança podem ter sido causadas por manobras feitas sem técnica

Ágatha Ester Santos Barbosa, de 1 ano e 1 mês, morreu no dia 10 de maio. Foto: Reprodução/Sim Notícias
A Polícia Civil do Espírito Santo descartou que a morte da bebê Ágatha Ester Santos Barbosa, de 1 ano e 1 mês, tenha sido causada por agressão. O caso aconteceu no último dia 10 de maio, em Vila Velha.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
A investigação, que inicialmente apontava indícios de homicídio, passou a considerar que as marcas encontradas no corpo da criança podem ter sido provocadas por uma tentativa de reanimação feita de forma inadequada, por alguém sem treinamento técnico.
Com isso, a polícia determinou nesta terça-feira (27) a revogação da prisão da mãe, de 31 anos, e do padrasto, de 38, que estavam detidos desde o dia da morte, por suspeita de homicídio qualificado.
Lesões podem ter ocorrido na tentativa de salvar a criança
A bebê foi levada já sem vida para a UPA da Riviera da Barra, em Vila Velha. Na ocasião, médicos e o legista do Instituto Médico Legal (IML) identificaram lesões no tórax e marcas no corpo, inicialmente interpretadas como sinais de agressão.
O avanço das investigações, no entanto, indicou outra possibilidade. De acordo com a Polícia Civil, as marcas podem ter sido causadas durante uma massagem cardíaca feita de forma incorreta, em um momento de desespero, por alguém sem preparo.
Prisão foi decretada no dia da morte
A criança morava com a mãe e o padrasto no bairro Jabaeté, em Vila Velha. Segundo o boletim de ocorrência, no dia da morte, a mãe havia saído de casa e deixado Ágatha sob os cuidados do namorado.
Quando percebeu que a bebê passou mal, ele desceu com ela nos braços até a rua e a levou para a UPA, alegando que a menina já tinha um problema de saúde e havia piorado. A equipe médica constatou que a criança chegou sem sinais vitais.
Com base no laudo preliminar do IML, que descartava morte natural ou acidental, a polícia prendeu o casal em flagrante e a Justiça decretou a prisão preventiva.
Casal ainda não foi liberado
Apesar da decisão que revogou a prisão, o casal segue detido por trâmites burocráticos, segundo informou a Secretaria Estadual de Justiça (Sejus). A mulher permanece na unidade feminina de Cariacica, e o homem, no Centro de Detenção Provisória (CDP) de Marataízes.
O inquérito segue aberto e a Polícia Civil aguarda o laudo definitivo para concluir as investigações.
LEIA MAIS:
