Dia a dia
Morre Clarinha: paciente internada por 24 anos no HPM-ES
Clarinha foi atropelada em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória, e chegou ao hospital sem documentos de identificação
Nesta sexta-feira (15), o Hospital da Polícia Militar do Espírito Santo (HPM-ES) confirmou o falecimento da paciente anônima, conhecida apenas como Clarinha pela equipe médica. Clarinha foi atropelada em 12 de junho de 2000, no Centro de Vitória, e chegou ao hospital sem documentos de identificação.
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Apesar dos esforços da equipe médica e de uma ampla busca por seus parentes, nenhum familiar biológico foi encontrado ao longo dos anos em que Clarinha permaneceu sob os cuidados do hospital. Ela recebeu apoio constante dos profissionais, incluindo o coronel aposentado Jorge Potratz.
Desde que Clarinha chegou ao hospital, sem documento de identificação, várias tentativas de localizar familiares já foram feitas. Pessoas de diversas partes do país, sobre as quais havia indícios de parentesco, submeteram-se a exames de DNA.
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O caso atraiu atenção nacional, com mais de 100 pessoas procurando o Ministério Público na esperança de ajudar na identificação da paciente. Marcas de cesárea em seu corpo indicavam que ela havia sido mãe em algum momento. Calcula-se que Clarinha veio a óbito com cerca de 45 anos de idade.
O corpo foi encaminhado ao Departamento Médico Legal, em Vitória, para passar por procedimentos legais. A Diretoria de Saúde da Polícia Militar, responsável pelo hospital onde ela estava internada, disse que acionou o Ministério Público para a adoção das medidas administrativas que permitam o sepultamento de Clarinha.
ENTENDA O CASO
A mulher, que ficou conhecida como “Clarinha”, foi vítima de um acidente em 12 de junho de 2000, quando, segundo relatos de testemunhas, estava fugindo de um perseguidor. Durante sua fuga, acabou sendo atingida por um ônibus enquanto corria pelo meio de uma avenida movimentada no Centro de Vitória. Após o acidente, ela foi socorrida e levada ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE) São Lucas, onde passou por diversas cirurgias.
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Ela nunca se recuperou. Na época do atropelamento, nem mesmo as testemunhas puderam identificar quem era aquela jovem. Depois, a mulher sem identificação foi transferida para o Hospital da Polícia Militar (HPM), onde veio a falecer nesta sexta-feira. Foi no HPM que a equipe médica carinhosamente a apelidou de “Clarinha”, devido à sua pele clara.
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