Intérprete do Sargento Pincel, de “Os Trapalhões”, morre aos 84 anos

Roberto Guilherme ficou eternizado na pele de Sargento Pincel. Foto: Reprodução/Instagram

Morreu nesta quinta-feira (10) o ator Roberto Guilherme, o Sargento Pincel, aos 84 anos. Famoso pelo personagem em “Os Trapalhões”, a informação foi divulgada pela família do artista, em seu perfil no Instagram. O humorista estava internado na Clínica São Vicente, na Gávea, Zona Sul do Rio. Roberto deixa a esposa, Sheila Nunes, com quem estava casado há 56 anos, e os filhos Willian e Valeska.

O humorista e dublador lutava contra um câncer havia alguns anos. Ele estava na segunda fase de quimioterapia contra a doença. Batizado como Edward Guilherme Nunes da Silva, nasceu em Ladário, Corumbá (MT), em 25 de agosto de 1938. O nome Roberto foi uma homenagem feita ao cantor Roberto Carlos.

“Descansa em paz, melhor pai, marido, avô e amigo do mundo! Deus te receba nos braços. Amor eterno!”, diz o comunicado postado no stories no Instagram.

Comunicado da família sobre a morte de Roberto Guilherme, sargento Pincel de Os Trapalhões. Foto: Reprodução/Instagram

Sua carreira artística teve início no momento em que se alistou ao Exército. Roberto se inscreveu em uma peça de teatro amador encenada no Olaria Atlético Clube, na Zona Norte do Rio. Um produtor viu a peça, e o convidou para trabalhar na TV Rio.

Em sua trajetória, Roberto passou pela extinta TV Excelsio, TV Record , TV Tupi e muitas outras. O ator vez teste para interpretar o palhaço Bozo, no SBT, mas perdeu a vaga para Wandeko Pipoca.

No entanto, seu papel em “Os Trapalhões”, que ficou na memória do público. Entre 1982 a 2013, atuou em diversos projetos liderados por Renato Aragão, inclusive “Os Trapalhões em Portugal” (1995-1997), produzido pela SIC (televisão portuguesa).

Em 2021, seu personagem completou 40 anos. Em entrevista ao jornal Extra, em 2011, o ator falou sobre o sucesso e caracterização para ser o Sargento Pincel, que surgiu por iniciativa do artista, que quis inovar na aparência do Sargento. “A máquina estava cega e não cortava, arrancava o meu cabelo. Enquanto o auditório morria de rir, as lágrimas corriam pelo meu rosto, de tanta dor”, comentou.

E ao contrário do personagem, Roberto não tinha nada de carrancudo. “Sou um cara brincalhão! Moro em Jacarepaguá desde os anos 60, com muito orgulho. E ando por lá de sandália, bermuda, camiseta e uma bolsinha do lado, tranquilão. Todo mundo é meu amigo, eu sou amigo de todo mundo, acho a vida maravilhosa. Quando perguntam “E aí, Pincel, como é que tá?”, digo “Tirando tudo que tá errado, pra mim tá tudo certo, tá tudo ótimo”, disse na mesma entrevista ao Extra.

A família lamentou a morte do ator em uma série de fotos. A legenda diz: “Apenas momentos felizes é como ele gostaria de ser lembrado. Então algumas fotos da última viagem que ele fez com a família. Descansa em paz melhor pai, marido, avô, irmão e amigo do mundo. Te amamos para sempre! Aos fãs, obrigada por tanto carinho, ele sempre amou vocês”.

 

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