Dia a dia
Influenciadores do ES viram alvos de operação da Polícia Federal
Investigação no ES e em SP revela esquema de venda clandestina por influenciadores e apreende R$ 300 mil em produtos eletrônicos

Investigação no ES e em SP revela esquema de venda clandestina por influenciadores e apreende R$ 300 mil em produtos eletrônicos. Foto: Divulgação
Influenciadores e comerciantes virtuais são alvos de uma operação da Polícia Federal, deflagrada nesta terça-feira (15), que investiga a venda ilegal de produtos eletrônicos pelas redes sociais. A ação, batizada de Operação Linha Ocupada, é realizada em conjunto com a Receita Federal.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
Ao todo, foram cumpridos 13 mandados de busca e apreensão nos municípios de Vitória, Vila Velha, Cariacica e Conceição da Barra, no Espírito Santo, e também na cidade de São Paulo. Os endereços alvos da operação incluem imóveis residenciais e estabelecimentos comerciais ligados aos suspeitos.
Esquema usava redes sociais
Segundo a PF, os investigados comercializavam celulares, tablets e smartwatches por meio do Instagram e de aplicativos de mensagens, oferecendo os produtos com preços abaixo do mercado. A investigação aponta que as mercadorias eram importadas de forma irregular ou introduzidas no país sem o pagamento de impostos.
Além disso, os responsáveis pelo esquema não emitiam notas fiscais nem recolhiam tributos federais. As encomendas eram entregues em volume elevado nos endereços dos suspeitos, caracterizando atividade comercial à margem da legalidade.
Produtos apreendidos ultrapassam R$ 300 mil
Durante a operação, foram apreendidos mais de 50 celulares, tablets e smartwatches, além de cinco veículos de luxo, avaliados em aproximadamente R$ 1,5 milhão. Uma arma de fogo, notebooks e outros eletrônicos também foram recolhidos.
Dois suspeitos foram presos em flagrante por descaminho, crime que envolve a entrada de mercadorias no país sem o devido pagamento de tributos. Os produtos apreendidos foram encaminhados à Receita Federal, que fará a cobrança dos impostos e aplicação de multas.
Lavagem de dinheiro e associação criminosa
A Polícia Federal aponta que os lucros obtidos com as vendas ilegais eram ocultados por meio de câmbio paralelo e lavagem de capitais, com o objetivo de simular legalidade. O grupo também é investigado por associação criminosa e crimes contra a ordem tributária.
As penas para os crimes investigados variam de 1 a 10 anos de prisão, além de multas, apreensão de bens e sanções administrativas.
A operação segue em andamento, e os materiais apreendidos serão analisados para aprofundar as investigações sobre a atuação do grupo nas redes sociais e identificar possíveis conexões com fornecedores internacionais.
LEIA MAIS:
