Dia a dia
Fila do SUS: ES tem mais de 22 mil pessoas à espera de cirurgias eletivas
O Espírito Santo recebeu um repasse no valor de R$ 11.556.028,89 do Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF)

Procedimento cirúrgico. Foto: Breno Esaki/Agência Saúde DF
Mais de 22 mil pessoas estão na fila do Sistema Único de Saúde (SUS) para a realização de cirurgias eletivas no Espírito Santo. O número aparece no relatório mais recente do Ministério da Saúde sobre o andamento de um novo programa do governo federal, que pretende repassar recursos para reduzir a espera por cirurgias, exames e consultas na rede pública de saúde.
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O atual superintendente do do Ministério da Saúde no Espírito Santo, Luiz Carlos Reblin, lembra que a espera por cirurgias, consultas e exames no SUS sempre existiu, mas ficou ainda maior após a pandemia do coronavírus, quando cirurgias eletivas foram suspensas em todo o Espírito Santo. E, consequentemente, as filas aumentaram.
“Nós tivemos um período crítico da pandemia do coronavírus em que o Brasil precisou reduzir o número de cirurgias eletivas não só no SUS, como também na rede privada. Naquele momento, precisávamos de leitos disponíveis para as pessoas que adoeciam pela covid-19. Esse fato contribuiu para um certo represamento, que passaram a receber atenção desde o ano passado”, comentou Reblin.
Lançado em janeiro, o Programa Nacional de Redução das Filas (PNRF) foi uma das bandeiras dos primeiros 100 dias da terceira gestão de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na primeira etapa, a prioridade são as cirurgias eletivas, que são procedimentos já marcados e sem urgência. Pelas regras do programa, cada estado deverá apresentar suas demandas ao ministério, com detalhamento sobre a quantidade de pessoas na fila e os procedimentos cirúrgicos mais aguardados.
O Ministério da Saúde garantiu R$ 600 milhões para apoiar estados e municípios nas ações. A primeira parcela, de R$ 200 milhões, está sendo entregue com a aprovação do diagnóstico dos estado. O Espírito Santo recebeu um repasse no valor de R$ 11.556.028,89.
“Inicialmente, esse valor será utilizado na contratualização com a rede complementar para organizar e enfrentar essa fila do SUS. No ranking, entre os principais procedimentos cirúrgicos com maior demanda até agora estão os oftalmológicos, principalmente cirurgia de catara”, pontuou Reblin.
