Dia a dia
Grande Vitória: rede pública ganha 725 matrículas na pandemia
Vitória foi a cidade que registrou o maior número de novas matrículas, 394 no total. Estimativa é que 80% sejam alunos de escolas particulares

Escolas públicas vão ter mais alunos após pandemia. Foto: Sedu/Divulgação
Mesmo sem aulas presenciais desde março, quando as atividade escolares em todo o Espírito Santo foram interrompidas pela pandemia do coronavírus, as escolas de redes municipais da Grande Vitória registraram 725 novas matrículas no período. A estimativa é que 80% dessas matrículas sejam de alunos que saíram de escolas particulares e o restante são transferências de outras escolas ou estados.
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Vitória foi a cidade que registrou o maior número de novas matrículas, 394 no total, sendo a maioria no ensino infantil, com 231 alunos. No ensino fundamental foram 148 alunos matriculados e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), 15.
Em Cariacica, a maior parte das 274 novas matrículas foi para o ensino fundamental I, com 171 novos alunos. O ensino infantil ganhou 56 novos estudantes e 44 foram para os anos finais do ensino fundamental e três para EJA.
Já na Serra foram 57 novas matrículas, mas o município não discriminou quantas foram em cada etapa do ensino, sendo que os bairros com maior procura foram Bairro de Fátima, Helio Ferraz e da grande Laranjeiras (Valparaíso; Colina de Laranjeiras e Morada de Laranjeiras). Vila Velha respondeu que não teve novas matrículas ao longo do ano de 2020.
A saída de alunos das redes particulares ocorreu, principalmente com alunos de 0 a 3 anos, segundo já informou o Sindicato das Escolas Particulares do Espírito Santo (Sinepe). A entidade afirma que 80% dos contratos de creches chegaram a ser cancelados na pandemia.
Nos primeiros dois meses da pandemia também ocorreu um movimento de retirada de crianças da escola, por falta de desconto. Mas, como lembra o Conselho Estadual de Educação, uma lei exige que crianças de 4 anos e 5 anos estejam matriculadas em escolas de ensino infantil.
Em junho chegou a ser aprovado na Assembleia Legislativa um projeto que previa desconto de até 30% nas mensalidade durante a pandemia, mas o Sinepe conseguiu suspender a medida em liminar.
A Secretaria de Estado da Educação (Sedu) foi procurada para passar as informações de novas matrículas, mas não deu retorno até a publicação da reportagem.
