Dia a dia
Empresa presta esclarecimento sobre morte em tirolesa no Morro do Moreno
Em nota, a empresa responsável pelo equipamento lamentou o ocorrido e garantiu que funcionava com toda segurança

Tirolesa do Morro do Moreno, em Vila Velha. Foto: Eco Vertical
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Na tarde do último sábado (1º), por volta das 16 horas, um homem morreu durante a descida na tirolesa no Morro do Moreno, em Vila Velha. O engenheiro mecânico, João Paulo Sampaio dos Reis, de 47 anos, estava acompanhado da filha e uma amiga dela. As duas desceram antes na tirolesa. Na vez dele, um acidente fez com que ele morresse ainda no local. Em nota, a empresa responsável pelo equipamento lamentou o ocorrido e garantiu que funcionava com toda segurança.
O Corpo de Bombeiros frisou que a investigação sobre o incidente é de responsabilidade da Polícia Civil. “A missão do Corpo de Bombeiros Militar foi cumprida no momento que a equipe foi rapidamente ao local prestar o serviço de salvamento e resgate da vítima que, infelizmente, já estava sem sinais vitais. O CBMES esclarece que o militar sócio do empreendimento não estava a serviço da CBMES no momento dos fatos, e sua conduta será apurada no Inquérito Policial a ser instaurado pela Polícia Civil. Caso a apuração dos fatos venha a indicar descumprimento das normas de conduta dos Bombeiros Militares, as providências cabíveis serão adotadas”, escreveu.
Equipes do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) nesta segunda-feira (3) dão continuidade ao trabalho iniciado no último domingo (2), na tirolesa do Morro do Moreno. No primeiro dia de vistoria, o conselho fez levantamentos técnicos, realizou medições e inspecionou toda a área da tirolesa, com auxílio de drones e outros equipamentos.
A empresa responsável pela tirolesa procurou o portal ES360 e enviou uma nota de esclarecimento nesta segunda-feira (3).
Veja a nota na íntegra:
Engenheiro mecânico, João Paulo Sampaio dos Reis, de 47 anos, levou a filha e uma amiga dela para aproveitar a vista do Morro do Moreno, em Vila Velha, na tarde de sábado. As duas desceram antes na tirolesa. Na vez dele, um acidente fez com que ele morresse ainda no local.
Estamos aguardando o resultado da perícia para sabermos tecnicamente o que de fato aconteceu, pois todos os procedimentos de prevenção são tomados durante a operação de ancoragem e descida até o destino final com segurança, tanto que em quase 2 anos nenhum incidente aconteceu. Todos os equipamentos de proteção individual para atividade são regulamentados por normas internacionais, devidamente certificados com CE – Certificação Europeia, e UIAA, que é uma certificação que outorga ao equipamento de montanhismo, escalada, alpinismo, rapel, e tirolesa, o cumprimento de normas de segurança internacional.
Nossos instrutores passam por um treinamento de operação dado pelo engenheiro responsável pela implantação da tirolesa, conhecedor das normas da ABNT, e a tirolesa nos dias de funcionamento é avaliada por um grupo de gestão em segurança com vídeo dos conectores, lacres, que conectam no tracionamento de sustentação e ancoragem ao sistema da tirolesa, desde o backup da ancoragem de engate, até o sistema de acionamento de freios.
O senhor João Paulo foi até a tirolesa com uma filha e uma amiga da filha, de forma que a filha de aproximadamente 14 anos desceu primeiro, participando da atividade com total segurança e tranquilidade, demonstrando o bom funcionamento da tirolesa, logo em seguida desceu a amiga, também de aproximadamente 14 anos, que também atestou a segurança e tranquilidade da atividade e do sistema, mas fatalmente ocorreu o infortúnio com o Senhor João Paulo, e muito embora as menores atestaram a segurança do sistema, pois desceram logo antes do Sr. João Paulo com segurança e tranquilidade, infelizmente algum fortuito ocorreu durante a descida do Senhor João Paulo.
Os sócios e organizadores da tirolesa estão muito abalados, sofrendo muito com o ocorrido, e prestam os presentes esclarecimentos, inclusive já estão sendo realizados todos os procedimentos para o contato com a família do Senhor João Paulo, prestando as condolências, bem como apresentando a apólice de seguro que cobre acidentes pessoais e óbitos, seguro este obrigatório como condicionante para o funcionamento da atividade esportiva.
Foi realizado todo o procedimento de RCP – massagem torácica cárdio respiratória, e APH – Atendimento Pré Hospitalar, uma vez que nossos instrutores são treinados para tais procedimentos, eis que foi retirado o equipamento da tirolesa, cadeirinha de descida e equipamento de EPI do Sr. João Paulo, para facilitar o procedimento pré-hospitalar RCP, APH e outros procedimentos técnicos visando desobstruir as vias respiratórias.
Em nenhum momento houve alteração da cena da ocorrência, mas sim, foram feitos os procedimentos protocolares visando resgatar e preservar os sinais vitais até a chegada do socorro acionado.
Em momento nenhum foi negado a entrega do material que compõe o equipamento de descida da tirolesa, que envolve todo equipamento de proteção individual, pois a todo o momento a preocupação sempre foi com o resgate e preservação dos sinais vitais do Sr. João Paulo, até a chegada do socorro acionado. Foi acionado o grupamento aéreo, o SAMU, Bombeiros, para o resgate. Todas as condolências são prestadas à família do Sr. João Paulo.
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