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Crea-ES diz que há novos riscos de desabamento em prédio de Vila Velha

Parte da estrutura de um prédio em Vila Velha, na orla de Itaparica, desabou no início da tarde desta quarta-feira

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Parte da estrutura do prédio Praia Formosa, em Vila Velha, ainda corre risco de desabar. Foto: Josué de Oliveira e morador

Os fiscais do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) estiveram, na tarde desta quarta-feira (28), no prédio Praia Formosa onde parte da fachada desabou na Praia de Itaparica, em Vila Velha, e após uma avaliação preliminar constatou que a estrutura estava com pontos de corrosão. 

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A estrutura caiu exatamente em cima da guarita onde ficam os porteiros do edifício. Por sorte, não tinha nenhum funcionário no local no momento do incidente e ninguém ficou ferido. A guarita, assim como as vidraças da portaria, ficaram destruídas.

De acordo com o gerente de Relacionamento Institucional do Crea-ES, Giuliano Battisti, existe grande risco de novos desabamentos e potencial de acidentes graves. “Nessa viga que caiu o aço ficou exposto e foi possível constatar bastante corrosão nessa estrutura. Isso é um fato”, afirmou Battisti. 

Ele afirmou que o edifício tem cerca de 20 anos e que estava tendo uma reforma na cobertura sem a presença de profissionais ligados ao Crea-ES. “Existe um risco iminente de queda de toda a estrutura que sobrou. A recomendação é o isolamento e não passar perto das partes que estão com risco de queda”. 

O engenheiro afirmou ainda que vai fiscalizar os dados da construção e que não é possível dizer que se tratava de uma obra irregular apesar de não ter profissionais ligados ao CREA. “Existe um documento de um profissional que não é do nosso conselho para um serviço que não era de estrutura, mas de uma reforma superficial, de revestimento. E os primeiros indícios é de que é um problema estrutural”. 

E prosseguiu: “É prematuro dizer, mas pode ser que durante o serviço o outro problema que já estava comprometido pode ter sido potencializado. Mas temos que confirmar isso ainda”. 

Entenda o caso

Prédio Praia Formosa, na Praia de Itaparica, em Vila Velha. A fachada da cobertura caiu sobre a guarita da portaria

Fachada de apartamento desaba em cima da guarita da portaria na Praia de Itaparica, em Vila Velha. Foto: Josué Oliveira

Parte da estrutura da cobertura do Edifício Praia Formosa, na Praia de Itaparica, em Vila Velha, desabou sobre a guarita da portaria, causando susto entre os moradores nesta quarta-feira (28). Uma segunda viga apresenta risco iminente de queda, e uma empresa de engenharia já tomou as primeiras providências para minimizar os riscos.

Na segunda-feira (26), começaram a ocorrer quedas de pedaços de reboco e cerâmica da fachada da cobertura. O síndico do condomínio contratou o engenheiro perito do condomínio, Mauricio Ceotto, para realizar uma avaliação inicial.

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“Estivemos aqui e realizamos a avaliação preliminar para determinar se a estrutura compromete a integridade do prédio. Foram 3 mil quilos de estrutura que caiu de 17 pavimentos. Agora, identificamos outra viga com risco iminente de queda. Preciso removê-la antes que também colapse”, afirmou Ceotto.

Segundo o síndico, José Lopes, os moradores foram previamente alertados, e lixeiras foram posicionadas nas entradas das garagens para impedir que os moradores transitem pela área de risco. Não havia ninguém na guarita do porteiro no momento do acidente.

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No fim de semana, um comunicado no grupo de whatsapp foi enviado para os condôminos alertando sobre o problema. Confira abaixo na íntegra:

Bom dia, a todos o moradores do Praia Formosa!

Na última segunda-feira, ocorreu a queda de um pedaço do reboco e cerâmica da fachada do ultimo andar da coluna 02, sendo isolada a área da portaria e da rampa das garagens, proibindo a passagem de pedestres e ciclistas.

Provisoriamente as lixeiras foram colocadas nas entradas das garagens, para evitar que os moradores passem pela área de risco.

O perito do condomínio, Mauricio Ceotto, já esteve ontem no condomínio para fazer uma avaliação inicial, sendo constatado uma importante corrosão nas ferragens.

Já estamos contratando com urgência, uma estrutura para colocar em volta das viga com problema, mas é necessário uma empresa especializada, pois, devido a gravidade da corrosão, somente pode escorar e colocar a estrutura uma empresa especializada.

Essa estrutura irá evitar que caia algo, enquanto se conserta o problema.

Ainda será decidido pelos peritos, se será feita a recuperação das ferragens ou se será necessário retirá-las e refaze-las.

Assim que tivermos um parecer definitivo dos peritos, informando o que e como fazer, além dos orçamentos, abrirei uma assembleia.

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Pânico

Após o desabamento da estrutura, os moradores contaram que houve muito medo e correria. Muitos desceram pelas escadas acreditando que o prédio inteiro estaria desmoronando.

“Houve um grande estrondo. Fiquei extremamente assustada, pois sou uma moradora nova. Pensei que o prédio estava desabando. Agarrei meus cachorros e desci pelas escadas. Estou em estado de pânico”, relatou uma moradora. Outro morador contou que o porteiro ficou em estado de choque após escapar ileso do desmoronamento.

Interdição

Logo que foi acionada, a Defesa Civil de Vila Velha chegou ao local do incidente e interditou parte da avenida Estudante Júlio José de Souza, na Praia de Itaparica. Até por volta das 17 horas, os dois sentidos da via estavam interditados por conta do risco de novos desabamentos. Não há previsão para liberação do trânsito. Apenas veículos de moradores de prédios da região estão sendo autorizados a passar pelo local.

A Guarda Municipal esteve no local para desviar o trânsito e orientar os motoristas sobre os desvios. O Subsecretário Administrativo da Defesa Civil, Sargento Afonso Belenda Netto, informou que o síndico do edifício Praia Formosa foi notificado para que contrate uma empresa para fazer a retirada da estrutura que ameaça cair a qualquer momento. Até que o trabalho seja executado não há previsão de liberação da avenida e de parte do calçadão.

Ainda de acordo com a Defesa Civil, os moradores podem ter acesso aos apartamentos, mas a recomendação é de que não fiquem nas varandas.


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