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Corpo de Clarinha pode ficar no DML por pelo menos 40 dias

Clarinha, como ficou conhecida a mulher sem registro oficial atropelada em 2000, morreu no último dia 14 no Hospital da Polícia Militar (HPM)

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Na foto, Clarinha está deitada na cama do hospital, sendo acompanhada e observada pelo coronel Jorge Potratz

Clarinha – paciente sem identificação do HPM – morreu. Foto: Divulgação

O corpo da paciente Clarinha – mulher que ficou internada em coma por 24 anos em um hospital de Vitória – pode permanecer no Departamento Médico Legal (DML) por mais 40 dias. Para liberação do corpo, é necessário esperar os trâmites relacionados à realização de exames de DNA para possível identificação de parentes.

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Após 24 anos internada no Hospital da Polícia Militar (HPM), Clarinha, como ficou conhecida a mulher sem registro oficial atropelada em 2000, morreu no último dia 14. Um dia antes da morte, a Justiça garantiu a ela o registro civil.

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O caso da paciente “misteriosa” ganhou repercussão na mídia e, desde a morte da paciente, cinco pessoas de vários estados entraram em contato solicitando exames de parentesco. Após algumas tentativas e procedimentos, a equipe do DML conseguiu recuperar as digitais da paciente. A comparação das digitais é a primeira etapa para a comprovação do parentesco.

“Na nossa rotina, o corpo não identificado permanece no DML durante 30 dias, antes de ser sepultado. Depois que cessarmos as tentativas com os testes das digitais, nós vamos para o exame de DNA, que demora 40 dias para ficar pronto”, explicou a auxiliar de perícia, Polyanna Caliari Modesto.

Ainda segundo a Polícia Civil, a equipe está tentando identificar a paciente para entregar o corpo para a família poder sepultar. Caso os parentes não sejam encontrados, o médico tenente-coronel Jorge Potratz, que mesmo aposentado continuou cuidando de Clarinha, pode pedir para enterrá-la.

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Anteriormente, Jorge Potratz manifestou a vontade de solicitar à Prefeitura de Vitória que ela seja enterrada em um cemitério municipal por ter criado grande vínculo afetivo devido aos anos que se dedicou aos cuidados da paciente. No entanto, segundo a Polícia Civil, o médico ainda não entrou em contato pedindo para enterrá-la.

ENTENDA O CASO

A mulher, que ficou conhecida como “Clarinha”, foi vítima de um acidente em 12 de junho de 2000, quando, segundo relatos de testemunhas, estava fugindo de um perseguidor. Durante sua fuga, acabou sendo atingida por um ônibus enquanto corria pelo meio de uma avenida movimentada no Centro de Vitória. Após o acidente, ela foi socorrida e levada ao Hospital Estadual de Urgência e Emergência (HEUE) São Lucas, onde passou por diversas cirurgias.

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Ela nunca se recuperou. Na época do atropelamento, nem mesmo as testemunhas puderam identificar quem era aquela jovem. Depois, a mulher sem identificação foi transferida para o Hospital da Polícia Militar (HPM), onde veio a falecer. Foi no HPM que a equipe médica carinhosamente a apelidou de “Clarinha”, devido à sua pele clara.


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