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Dia a dia

Como os rastros das aeronaves podem impactar o clima no ES?

Além das já conhecidas emissões de CO2, os rastros de condensação — aquelas trilhas deixadas pelos aviões — têm um impacto significativo no aquecimento global

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Rastros de aeronaves

Rastros de aeronaves. Foto: Climatempo

Quem nunca olhou para o céu e viu aquelas listras brancas que os aviões deixam, como rabiscos no azul? Elas parecem inofensivas, mas escondem um problema climático que pode afetar até o Espírito Santo. Além das já conhecidas emissões de CO2, os rastros de condensação — aquelas trilhas deixadas pelos aviões — têm um impacto significativo no aquecimento global.

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Esses rastros se formam quando os aviões voam por regiões da atmosfera com ar frio e úmido. O vapor d’água liberado pelos motores adere às partículas de fuligem e se transforma em cristais de gelo, criando essas linhas brancas no céu. Embora possam parecer passageiras, essas nuvens funcionam como um cobertor, retendo calor na atmosfera e contribuindo para o aumento da temperatura.

Segundo Jayant Mukhopadhaya, do Conselho Internacional para o Transporte Limpo (ICCT), “os rastros de condensação são uma preocupação tão grande quanto as emissões de CO2”. Pesquisas mostram que esses rastros são responsáveis por 57% do impacto climático causado pela aviação, quase o mesmo que as emissões diretas de CO2.

No Espírito Santo, embora não existam dados específicos sobre o impacto dos rastros no estado, o tráfego aéreo que cruza a região pode contribuir para esse fenômeno. Com aeroportos movimentados, como o de Vitória, o estado também faz parte do cenário global que sofre com o aquecimento causado pela aviação.

Estudos indicam que mudanças nas rotas de voo e o uso de combustíveis mais limpos, como o hidrogênio, podem ajudar a reduzir a formação desses rastros. No Japão, redirecionar menos de 2% dos voos já resultou em uma queda de até 60% no impacto de aquecimento causado pelos rastros.

Portanto, mesmo que não percebamos de imediato, os céus do Espírito Santo também podem estar sendo afetados por essa “camada invisível” de aquecimento, deixando claro que o impacto do tráfego aéreo vai muito além do que vemos a olho nu.


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