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Animais silvestres feridos são resgatados em Alegre

Vinte animais foram encaminhados ao Iema; três maritacas estavam com patas necrosadas e precisaram de amputação

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Papagaios resgatados em Alegre

Papagaios resgatados em Alegre. Foto: Divulgação

Vinte animais silvestres foram encaminhados ao Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) após ações de resgate no município de Alegre, no Sul do Espírito Santo. Parte dos animais apresentava sinais de maus-tratos e teve ferimentos graves constatados pelas equipes responsáveis.

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Cinco desses animais foram resgatados pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma) e, segundo avaliação inicial da Coordenação de Fauna (CFAU) do Iema, não têm condições de voltar à natureza. O comportamento excessivamente dócil e a facilidade de manipulação indicam que foram mantidos por tempo prolongado em cativeiro.

Três aves tinham cordas presas às patas

O caso mais grave envolveu três maritacas encontradas em um comércio no distrito de Celina, após uma denúncia recebida na última segunda-feira (7). Os animais estavam com cordas amarradas às patas, o que causou necrose severa e levou à necessidade de amputação de um dos membros de cada ave.

De acordo com a servidora Carolina Benevides Isidorio e as biólogas Cleidiane de Oliveira e Mayra Silva, uma moradora relatou que as aves haviam sido deixadas no local por uma pessoa desconhecida. Após o resgate, os animais foram levados ao centro veterinário do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), campus de Alegre, onde receberam atendimento emergencial.

A equipe coordenada pelo médico-veterinário Paulo Sérgio Cruz de Andrade realizou a remoção dos tecidos necrosados e administrou antibióticos e analgésicos para controle da dor e infecção.

Animais devem ser incluídos no programa Guardiões da Fauna

Como não poderão mais ser reintroduzidos em habitat natural, os animais devem ser incluídos no Programa Guardiões da Fauna, que abriga espécies silvestres resgatadas e sem condições de retorno à vida livre.

O coordenador da CFAU, Cosme Valim, destacou o papel da cooperação entre instituições para garantir respostas rápidas e eficazes. “Esse trabalho entre os órgãos ambientais é fundamental para garantir uma resposta rápida e eficaz no resgate e na reabilitação da fauna silvestre”, afirmou.

Manter silvestres em cativeiro é crime

O Iema reforça que manter animais silvestres em cativeiro, sem autorização dos órgãos competentes, é crime. Além de sanções administrativas, casos com indícios de maus-tratos também estão sujeitos a penalidades criminais.

Denúncias podem ser feitas presencialmente no Protocolo Geral do Iema ou digitalmente, na seção “Denúncias” do site do Instituto.

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