Dia a dia
Alunos do ES desenvolvem robô cão-guia para ajudar cegos
Projeto de estudantes de Cariacica usa tecnologia 3D para criar robô acessível, oferecendo alternativa inovadora aos cães-guia tradicionais

Alunos de Cariacica desenvolveram o Robô Caramelo para ajudar pessoas com deficiência visual. Foto: Claudio Postay/PMC
Um grupo de estudantes do oitavo ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental e Cívico-Militar (EMEFTI ECIM) Terfina Rocha Ferreira, em Itacibá, Cariacica, desenvolveu o “Robô Caramelo”, um projeto inovador que funciona como alternativa tecnológica aos cães-guia tradicionais. A iniciativa busca facilitar a mobilidade de pessoas com deficiência visual e já tem se destacado em competições e eventos científicos.
> Quer receber as principais notícias do ES360 no WhatsApp? Clique aqui e entre na nossa comunidade!
O projeto nasceu após a Secretaria Municipal de Educação fornecer kits de robótica EV6 para incentivar a criatividade nas escolas municipais. Sob a orientação de professores, os alunos foram desafiados a criar algo com impacto social. Foi então que surgiu a ideia de desenvolver um robô que pudesse atuar como cão-guia.

Alunos de Cariacica desenvolveram o Robô Caramelo para ajudar pessoas com deficiência visual. Foto: Claudio Postay/PMC
“O Robô Caramelo começou como uma ideia simples e foi evoluindo aos poucos. Pedi aos alunos que pensassem em um projeto com função social, e eles decidiram criar algo que ajudasse quem enfrenta desafios de mobilidade”, explicou o professor Dionatan Queiroz.
O grupo responsável é formado por Amanda Fernandes, de 14 anos, programadora; Brendon Fontana Maia, de 13 anos, engenheiro; e Brayan Araújo, de 14 anos, líder da equipe. Com peças produzidas na própria escola, utilizando impressoras 3D, o robô destaca-se pelo uso acessível da tecnologia.
Além de solucionar a dificuldade de acesso a cães-guia — que têm custos elevados e demandam longo tempo de treinamento —, o “Robô Caramelo” já trouxe reconhecimento aos alunos. O projeto conquistou o 3º lugar na Olimpíada Brasileira de Robótica 2024 e foi selecionado como finalista na Feira de Ciências e Inovação Capixaba (Fecinc), maior evento científico do Espírito Santo.

Alunos de Cariacica desenvolveram o Robô Caramelo para ajudar pessoas com deficiência visual. Foto: Claudio Postay PMC
Na feira, os estudantes tiveram contato com outras iniciativas semelhantes e destacaram a importância da experiência. “Foi muito legal porque vimos projetos como um óculos tecnológico para ajudar pessoas com deficiência. É algo novo que a escola proporcionou para a gente este ano”, disseram os alunos.
A diretora da escola, Angela Aparecida dos Santos Pagio, comemorou o sucesso da iniciativa. “O Robô Caramelo é um exemplo de como a criatividade e o empenho de nossos estudantes podem transformar ideias em soluções reais para a sociedade. Este projeto reforça nosso compromisso com a formação de cidadãos conscientes e solidários.”
Os alunos continuam aprimorando o robô, que vem passando por adaptações em cada competição para aumentar sua eficiência e funcionalidade, consolidando-se como uma alternativa inovadora para a inclusão e autonomia de pessoas com deficiência visual.
