Dia a dia
73% dos estudantes no Brasil não resolvem problemas simples de matemática
Foi isso o que mostrou o Pisa. Os estudantes de 15 anos, tiveram grande dificuldade em tarefas básicas como conversão de moedas
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Dados são de pesquisa do Instituto Crescer. Foto: 7/7/2016/Gabriel Jabur/Agência Brasília.
Mais da metade dos estudantes brasileiros, com 15 anos (que acabaram de cursar o ensino fundamental), apresentaram desempenho abaixo do nível 2 em matemática. Foi isso o que mostrou o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa) de 2022. O resultado apontou que 73% dos estudantes mostraram grande dificuldade em tarefas básicas como conversão de moedas e comparação de distâncias.
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A média global nos 81 países participantes foi bem menor, com apenas 31% abaixo deste nível. O Pisa é uma avaliação trienal de conhecimentos em matemática, leitura e ciências, adiada em 2021 devido à Covid-19.
Apesar das adversidades da pandemia, como ensino remoto e fechamento de escolas, o desempenho geral do Brasil pouco variou desde a última edição do Pisa em 2018. Houve pequenas quedas nas médias de matemática, leitura e ciências. Especialistas apontam que apesar da estabilidade, os resultados já partiam de um patamar baixo e não são motivo de celebração.
A deficiência em matemática no Brasil é atribuída à falta de professores qualificados e à desvalorização da carreira docente, especialmente em matemática, onde a procura por cursos de licenciatura e a retenção de estudantes são baixas.
Globalmente, o desempenho dos alunos caiu, com apenas 31 dos 81 países mantendo ou melhorando suas notas em matemática desde 2018. Apesar dos resultados ruins, o Brasil melhorou sua posição no ranking mundial em matemática, leitura e ciências.
Priscila Cruz, da ONG Todos Pela Educação, enfatiza a importância das políticas públicas educacionais dos últimos 15 anos no Brasil e sugere foco na formação de professores e investimentos na primeira infância para melhorar o desempenho futuro no Pisa. A continuidade de iniciativas como políticas de alfabetização e ampliação do tempo integral nas escolas também é recomendada.
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