Dia a dia
10 dicas para planejar os estudos e conquistar bons resultados
Muitas vezes o aluno tem uma lista enorme de coisas para fazer e, ao não dar conta, se frustra e foca somente naquilo que não foi possível realizar

Técnicas de estudo podem ajudar a conquistar um bom resultado. Foto: FreePik
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Fevereiro está chegando e, com ele, a volta às aulas. Como o aluno pode se organizar para traçar um caminho de estudos eficaz e repleto de conquistas? Especialistas em educação e em psicologia dão 10 orientações valiosas que vão ajudar nesse planejamento para que os estudantes encarem o novo ano letivo com mais confiança e determinação!
As dicas passam por autoconhecimento e disciplina; estabelecer metas palpáveis; traçar um planejamento realista e reavaliá-lo periodicamente; cuidar da saúde física e mental, com exercícios, boa noite de sono, alimentação equilibrada e lazer; alternar métodos de aprendizagem, buscar ajuda sempre que necessário e muito mais.
POR ONDE COMEÇAR?
Para começar esse processo, a orientação é preparar o corpo para o início das aulas. “Com a volta às aulas se aproximando, é importante reeducar o corpo, porque ele estava em ritmo de férias. Então, já voltar a dormir em um horário mais legal, com noites de sono melhores, uma alimentação mais próxima a habitual, ou seja, estabelecer uma rotina parecida a do período escolar para ir acostumando esse corpo para o ano ativo que vai começar”, aconselhou Marina Monteiro, coordenadora pedagógica do MADAN.
Na sequência, entra o planejamento. E, para essa etapa o conselho é estabelecer metas realistas e mensuráveis. “Isso não só fornece um propósito claro, mas também mantém o foco e a motivação ao longo do ano”, destacou a neuroeducadora Cláudia Pelegrini.
Um planejamento bem estruturado é apontado como a chave para o sucesso acadêmico. “Criar um cronograma de estudos ajuda a evitar a procrastinação e proporciona um ambiente organizado e propício ao aprendizado. O aluno tem um objetivo que será concretizado no final do ano. Ele sabe exatamente onde quer chegar, mas nem por isso vai correr de um tiro só. Tem que ser passo a passo. Não adianta fazer o planejamento de todas as semanas do ano. É fazer um cronograma possível, palpável, e reavaliar esse planejamento o tempo todo, entendendo que existem intercorrências, como um problema de saúde, que também fazem parte do caminho e o formam enquanto sujeito”, ensinou Marina.
Ela dá um exemplo: “Se o aluno tem médico marcado e, com isso, só vai ter duas horas de estudo para dar conta de quatro disciplinas, ele pode se dedicar 30 minutos a cada uma delas”.
Essa opinião é reforçada pela psicóloga Renata Junger. Segundo ela, muitas vezes o aluno tem uma lista enorme de coisas para fazer e, ao não dar conta, se frustra e foca somente naquilo que não foi possível realizar. “É preciso olhar também para o que foi possível. Foi pouco? Não foi o ideal? Tudo bem, mas foi o possível para hoje e amanhã será outro dia. É preciso olhar para a entrega, senão ninguém avança e sobra apenas a sensação de frustração, que vai minando a autoconfiança. O bom desempenho, com a aprovação ao final do ano, requer todo um processo. É construir a autonomia desses alunos, porque eles vão precisar lidar com desafios e problemas a vida inteira”.
RELAXAMENTO
As especialistas orientam ainda que o cérebro precisa de períodos de relaxamento. “Incluir momentos de lazer e atividades físicas na rotina ajuda na assimilação das informações aprendidas. A atividade física regular promove a liberação de endorfinas, neurotransmissores que aumentam o humor e a motivação, além de melhorar a concentração e a capacidade de aprendizagem”, destaca Cláudia Pelegrini.
Mas esse, para Marina Monteiro, é o grande desafio. “É difícil colocar na cabeça do aluno que ele não tem que viver somente para estudar. Que é importante acrescentar na rotina a atividade física, o lazer, algum momento social. Ele se questiona o tempo todo sobre como colocar tudo isso em uma equação”.
A psicóloga Renata Junger ensina como: “O estudante, e todos nós, precisamos entender que habitamos um corpo físico, um corpo emocional, um corpo energético e um corpo mental. Didaticamente, são no mínimo quatro corpos. Então, não adianta eu desenvolver o meu corpo mental, o meu corpo cognitivo, se eu não cuido também dos outros corpos, porque é uma conta que tem que fechar, tudo precisa estar em um certo equilíbrio, harmonia. Por exemplo, o cuidado do corpo físico. Imagina a postura desses meninos estudando o tempo inteiro! O nosso corpo é cheio de dobradiça, foi feito para estar em movimento, e não podemos ignorar isso. A autodisciplina também implica em incluir a atividade física e o lazer, modulando a intensidade de cada coisa”.
TECNICAS DE ESTUDO
Outra dica é experimentar técnicas ativas de estudo, como explicar o conteúdo em voz alta para aprimorar a compreensão e a retenção. E não se esquecer, conforme salienta Cláudia Pelegrini, que “cada pessoa tem um estilo de aprendizado único. Se enfrentar dificuldades, não deve hesitar em buscar ajuda de professores, colegas ou profissionais especializados”.
CONFIRA AS DICAS:
1 – Defina metas claras: estabeleça metas realistas e mensuráveis para o ano letivo, como a pontuação que deseja alcançar no vestibular ou a média que pretende atingir em cada disciplina. Isso ajudará a manter o foco e a motivação ao longo do ano.
2 – Planeje-se com antecedência: crie um cronograma de estudos semanal ou mensal, dividindo as matérias e tarefas de acordo com suas metas. O cérebro tende a funcionar melhor quando sabe o que esperar, então antecipe-se e evite a procrastinação. Não existe uma receita básica para o planejamento de estudos, mas existe uma máxima que é: aula dada, aula estudada.
3 – Pratique a técnica do espaçamento: estudos mostram que revisar o conteúdo em intervalos de tempo regulares é mais eficiente do que estudar durante horas seguidas. Divida o tempo de estudo em sessões mais curtas e faça pausas regulares para ajudar a consolidar a memória.
4 – Utilize técnicas de aprendizado ativo: ao invés de apenas ler e fazer resumos, experimente outras técnicas, como explicar o conteúdo em voz alta para si mesmo. Isso ajuda a melhorar a compreensão e facilita a recuperação da informação na hora da prova.
5 – Durma o suficiente: o sono é fundamental para o bom funcionamento do cérebro. Tente estabelecer uma rotina de sono saudável, com pelo menos 7 a 8 horas de sono por noite. Uma boa noite de sono ajuda na consolidação da memória e no aumento da concentração.
6 – Pratique exercícios físicos: a atividade física regular promove a liberação de endorfinas, neurotransmissores que aumentam o humor e a motivação. Além disso, exercitar-se regularmente pode melhorar a concentração e a capacidade de aprendizado.
7 – Tenha momentos de lazer e relaxamento: não se esqueça de incluir períodos de descanso e lazer em sua rotina. O cérebro precisa de momentos de relaxamento para processar e consolidar as informações aprendidas.
8 – Cuide da alimentação: tenha uma alimentação balanceada, rica em nutrientes importantes para o bom funcionamento do cérebro, como ômega-3, vitaminas do complexo B e antioxidantes. Evite o consumo excessivo de alimentos processados e açúcar, pois eles podem afetar negativamente o desempenho cognitivo.
9 – Mantenha-se motivado: busque constantemente fontes de motivação, como se lembrar dos seus objetivos e visualizar seu futuro após o vestibular. Celebrar pequenas conquistas ao longo do caminho também pode ajudar a manter o entusiasmo.
10 – Busque ajuda quando necessário: se tiver dificuldades em algumas disciplinas ou com a organização dos estudos, não hesite em buscar ajuda de professores, colegas ou até profissionais especializados. Cada pessoa tem um estilo de aprendizado único, e compreender como você aprende melhor pode ser muito útil para otimizar seus estudos.
