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Trump perde na Suprema Corte (e um vídeo esclarecedor)

Suprema Corte norte-americana rejeitou, por nove a zero, as alegações de fraude nas eleições na Pensilvânia; confira qual a importância dessa decisão e também como ela destrói teorias conspiratórias cada vez mais comuns nos nossos dias

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A decisão parece ter passado despercebida por boa parte dos jornais e sites nacionais (ela recebeu pouco destaque mesmo onde foi noticiada), mas Donald Trump foi derrotado nessa terça-feira, dia 8, na Suprema Corte americana: nove a zero contra recontagem de votos na Pensilvânia, abrindo caminho para uma série de decisões nessa mesma linha. O placar é importante porque se falava muito na possibilidade de a maioria conservadora dos juízes fazer valer sua proximidade com Trump e votar a favor do presidente. Ainda mais importante é o fato de não ter surgido nada novo por parte dos advogados do candidato republicano. Porque nas hostes trumpistas havia uma garantia: o presidente tinha várias cartas na manga para provar as fraudes e elas seriam apresentadas quando o processo chegasse à Suprema Corte. A partir disso, levantaram-se várias teses, todas amalucadas. Uma das mais repetidas está no vídeo abaixo. Assista. Vale a pena para ver a união de desinformação (Trump não é o responsável por “fazer cédulas” nos EUA), teoria da conspiração, mentira e venda de realidade paralela. É um ótimo exemplo de como “narrativas” são construídas e replicadas por quem acredita nesses “novos produtores de informação”. Não é, obviamente, algo restrito aos Estados Unidos, ao contrário: exemplos por aqui existem aos milhares e são diários. E há algo curioso: essas teorias invertem a lógica da “explicação simples e, quase sempre errada, para problemas complicados”. Diante de um fato relativamente simples (Biden venceu), eles criam versões, “narrativas”, histórias complexas, porque quanto mais complexas mais aparência de “verdade conhecida por poucos e bem informados” elas terão.  Mas, pensando bem, quem acredita em teorias como essa, do vídeo, precisa mesmo continuar vivendo numa realidade paralela: encarar os fatos quando eles são contrários às suas expectativas pode ser um choque violento demais para mentes acostumadas a criar fantasias para explicar a realidade…

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Antonio Carlos Leite

Antonio Carlos tem 32 anos de jornalismo. E um tempo bem maior no acompanhamento das notícias. Já viu muitos acontecimentos espantosos. Mas sempre se sente surpreendido por novos fatos, porque o inesperado é a maior qualidade das coberturas jornalísticas. E também da vida...

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