Coluna Vitor Vogas
Armandinho se entrega à Polícia Federal e contesta ordem de prisão
Dos quatro alvos de mandado de prisão no ES, somente o vereador e o jornalista Jackson Rangel já estão sob custódia
Um dos quatro alvos de mandados de prisão no Espírito Santo na operação deflagrada nesta quinta-feira (15), o vereador Armandinho Fontoura (Podemos) se entregou e prestou depoimento na sede da Superintendência Regional da Polícia Federal no Espírito Santo. Em seguida, foi conduzido para o Centro de Detenção Provisória de Viana 2, onde se encontra preso desde a noite desta quinta-feira.
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Eleito para presidir a Câmara de Vitória no biênio 2023-2024, a partir de 1º de janeiro, Armandinho também teve seu gabinete parlamentar vasculhado por agentes da PF na manhã desta quinta-feira, em cumprimento a um dos 23 mandados de busca e apreensão expedidos pelo ministro do STF Alexandre de Moraes somente no Espírito Santo. Os agentes levaram três computadores.
Assim como os outros alvos da operação, o vereador é investigado por possível participação em esquema de difusão de fake news e na organização de manifestações que atentam contra o regime e as instituições democráticas do país, em inquérito relatado por Moraes. Os mandados no Espírito Santo foram decretados pelo ministro, em atendimento a uma representação assinada pela procuradora-geral de Justiça, Luciana de Andrade.
Além de Armandinho, Moraes ordenou a prisão do jornalista Jackson Rangel, de Cachoeiro de Itapemirim, do empresário Max Pitangui e do pastor Fabiano Oliveira.
Até a publicação deste texto, de acordo com informação oficial da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Rangel era o único que havia dado entrada no sistema penitenciário estadual. Jornalista do portal Folha do ES, ele se encontra preso na Penitenciária de Segurança Média 1, no Complexo de Viana. Para os demais, ainda não consta registro.
À medida que os demais sejam presos e deem entrada oficialmente no sistema, publicaremos atualizações.
Contestação
Em nota oficial, enviada à imprensa pela assessoria de Armandinho, o gabinete do vereador se disse espantado com o envolvimento do vereador na operação e negou qualquer participação, direta ou indireta, com atos antidemocráticos. Disse, ainda, que sua defesa tomará todas as medidas jurídicas cabíveis. Segue a nota na íntegra:
“Causa espanto o envolvimento do vereador numa operação autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e relacionada à investigação sobre atos antidemocráticos contra o resultado das eleições. O vereador não frequentou nenhuma manifestação antidemocrática, não incentivou a realização delas, tampouco as patrocinou. A própria imprensa nunca registrou nenhum tipo de ato semelhante.
O vereador não compreende por que suas opiniões, de cunho conservador e liberal, sejam motivo para uma operação que fere a liberdade de expressão – sobretudo enquanto representante da população no parlamento municipal. Agora se coloca à disposição da Justiça para esclarecer todos os fatos. Sua defesa técnica vai tomar todas as medidas jurídicas cabíveis.”
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