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Coluna Vitor Vogas

Após “não renúncia” de Do Val, suplente volta para o governo Casagrande. Em novo cargo

No fim de janeiro, ela foi exonerada do cargo de chefe do Sine no Espírito Santo. No último dia 2, acordou com a notícia de que poderia assumir o mandato de Do Val no Senado, mas senador recuou do próprio anúncio

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Rosana Márcia Foerste da Silva. Foto: Reprodução Facebook

No fim de janeiro, a pedagoga Rosana Márcia Foerste da Silva (Cidadania), suplente do senador Marcos do Val (Podemos), foi exonerada do cargo comissionado que ocupava na Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência e Desenvolvimento Social (Setades). Era chefe do Sistema Nacional de Emprego Geral (Sine) no Espírito Santo.

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No dia 2 de fevereiro, Rosana acordou com a notícia de que poderia, de súbito, assumir o mandato no Senado, se Do Val tivesse concretizado o próprio anúncio, feito naquela madrugada, de que abandonaria a política. Horas depois, porém, o senador voltou atrás, desistiu de renunciar e informou à imprensa que manteria o mandato.

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Rosana pode não ter ido para o Senado, mas voltou para o governo Casagrande. Nesta sexta-feira (10), conforme publicação no Diário Oficial do Estado, ela foi nomeada para o cargo comissionado de assessora especial nível IV, agora na Secretaria de Educação (Sedu), com salário-base de R$ 6.330,19 brutos. Ela assumirá o cargo na segunda-feira (13).

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Quem é a 1ª suplente de Do Val?

Rosana tem 54 anos, já pertenceu ao Progressistas (PP) e é filiada ao Cidadania desde 2015. “Só quero dizer que sou militante desde 2002. Já fui da Executiva do PP antes de entrar no Cidadania”, informou à coluna.

Na eleição de 2018, ela colaborou na exitosa campanha do então vereador de Vitória Fabrício Gandini a deputado estadual.

Gandini já era e ainda é o presidente estadual do Cidadania, partido de centro-esquerda que deu legenda para Do Val se candidatar ao Senado naquele pleito, como um dos dois candidatos da coligação liderada por Renato Casagrande (o outro foi o então senador Ricardo Ferraço, que não conseguiu se reeleger pelo PSDB).

De acordo com a nossa apuração, Rosana na verdade só entrou na chapa de Do Val, como 1ª suplente, para ajudar a completá-la. Segundo uma fonte que participou da composição na época, ela teria entrado até como solução provisória, para ser substituída depois, mas o prazo para isso expirou e ela acabou ficando.

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Àquela altura, ninguém esperava que um dia a pedagoga pudesse chegar perto de assumir o mandato no Senado – até porque, mesmo no Cidadania, eventual eleição de Do Val era considerada bem pouco provável.

O outsider, no entanto, surpreendeu nas urnas, chegou em 2º lugar (atrás de Contarato) e conseguiu uma das duas vagas pelo Espírito Santo naquele pleito, em outubro de 2018. Gandini conseguiu uma cadeira na Assembleia Legislativa. E Casagrande voltou ao Palácio Anchieta.

Em 11 de fevereiro de 2019, comecinho da administração passada, Rosana foi nomeada para cargo comissionado na Setades.

Pedagoga por formação, ela já deu aula para crianças, na rede particular de ensino infantil. Tem duas pós-graduações: em Gestão e em Alfabetização e Letramento. É casada e mora em Vitória.

Rosana é evangélica e nora do falecido pastor Waltir Pereira da Silva, da Igreja em Vitória, de Barro Vermelho. É tia do cantor capixaba Silva.