Economia capixaba: investimentos e desafios para o futuro

Durval Vieira de Freitas, CEO da DVF Consultoria. Foto: Larissa de Angelo

Durval Vieira de Freitas, CEO da DVF Consultoria, foi o convidado do quadro “Inovação”, exibido às terças-feiras no programa “EStúdio 360, 2ª edição”, da TV Capixaba/Band. O Espírito Santo aparece como singular no panorama econômico brasileiro, se destacando pela contribuição desproporcional ao Produto Interno Bruto (PIB) nacional, em relação à sua área territorial e população. No estado, a economia é apoiada em grandes áreas: petróleo e gás, siderurgia, papel e celulose. Investimentos futuros, embora menores em escala comparados aos projetos anteriores, prometem fomentar a alta tecnologia e gerar empregos de maior qualidade, se espalhando por diversas áreas e contribuindo para a interiorização da economia.

Além do foco industrial, o Espírito Santo enfrenta o desafio de aproveitar plenamente seu potencial turístico, reconhecido como um vetor crucial para o desenvolvimento futuro. A falta de uma estratégia abrangente para o turismo e a deficiência na qualidade do serviço são obstáculos que precisam ser superados. A promoção eficaz das riquezas naturais e culturais do estado, juntamente com a melhoria da qualidade da mão de obra no setor de serviços, são essenciais para transformar o Espírito Santo em um destino turístico de destaque.

A região de Aracruz está no início de uma transformação significativa com a inclusão em uma zona de processamento de exportação (ZPE) e a construção de um novo porto. Esta evolução promete revitalizar e exercer um impacto positivo em toda a região, ampliando a capacidade do estado de engajar-se com mercados internacionais tanto na importação quanto na exportação. A importância de infraestrutura complementar como ferrovias, rodovias, e aeroportos é enorme, principalmente pela necessidade de um desenvolvimento que facilite o comércio exterior e promova a atração de investimentos adicionais.

Um dos desafios críticos identificados é a carência de mão de obra qualificada, que limita o potencial de crescimento e inovação do estado. A necessidade de melhorar a qualidade e a capacitação da força de trabalho é urgente para acompanhar as demandas de uma economia em evolução. Isso inclui não apenas a formação técnica, mas também o incentivo à inovação e ao empreendedorismo, preparando o Espírito Santo para competir em um cenário global. A adaptação a novas realidades industriais, o investimento em tecnologia, e a abertura para mercados externos são vistos como caminhos viáveis para um futuro próspero e sustentável.

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