Bem-estar
Retinoblastoma: entenda o câncer ocular comum em crianças
18 de setembro é o Dia Nacional de Conscientização e Prevenção da doença, um câncer ocular raro e de crescimento rápido que afeta bebês e crianças
O Dia Nacional de Conscientização e Incentivo ao Diagnóstico Precoce do Retinoblastoma acontece nesta quarta-feira (18). Essa data é dedicada a aumentar a conscientização sobre o retinoblastoma, um câncer ocular raro e de crescimento rápido que afeta bebês e crianças. Esse tumor, embora raro, exige atenção especial.
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Globalmente, o retinoblastoma representa entre 2% e 4% das neoplasias em crianças de 0 a 14 anos. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, é o tumor ocular mais comum entre crianças, correspondendo a cerca de 3% dos cânceres infantis, com uma média de 400 novos casos por ano. A doença pode afetar um olho em 60% dos casos, ou ambos os olhos em 40%.
A oftalmologista Flávia Sardenberg, do Centro Capixaba de Olhos (CCOlhos), explica que o retinoblastoma origina-se nas células da retina e pode estar presente desde o nascimento ou surgir nos primeiros anos de vida. Felizmente, quando diagnosticado e tratado precocemente, o índice de cura ultrapassa 90%.
Como reconhecer os sinais da doença?
Por se tratar de uma condição que atinge principalmente bebês e crianças, os sinais e sintomas podem ser difíceis de identificar, levando ao diagnóstico tardio. Por isso, é essencial que pais e responsáveis estejam atentos.
Um dos sinais mais característicos é o “Olho de Gato”, uma área branca e opaca na pupila conhecida como leucocoria, que é causada pela reflexão da luz no olho afetado e é facilmente visível em fotos tiradas com flash.
Outros sinais incluem estrabismo (desalinhamento dos olhos), aumento anormal do globo ocular, vermelhidão, nistagmo (movimentos irregulares dos olhos), diminuição da visão, heterocromia (diferença de cor entre os olhos), dor de cabeça, dor óssea, fotofobia (sensibilidade exagerada à luz) e perda da visão. Em qualquer um desses casos, é fundamental levar a criança a um oftalmologista para um exame completo.
O retinoblastoma pode ser detectado já na maternidade, pelo neonatologista, ou em exames de rotina nos primeiros anos de vida da criança, através do Teste do Reflexo Vermelho, também conhecido como Teste do Olhinho. O histórico familiar, o exame de fundo de olho e o ultrassom são ferramentas importantes para confirmar o diagnóstico.
Tratamento
Felizmente, o retinoblastoma é uma doença curável na maioria dos casos. Os tratamentos incluem laserterapia ou crioterapia para tumores menores, além de quimioterapia e radioterapia. Em situações mais graves, pode ser necessário recorrer à enucleação, que é a remoção cirúrgica do globo ocular.
Embora não haja como prevenir o câncer, o diagnóstico precoce é crucial. Por isso, a especialista recomenda que o Teste do Olhinho seja realizado ainda na maternidade. Caso o exame não tenha sido feito, é importante procurar um oftalmologista.
“A criança deve retornar ao médico antes dos três anos ou sempre que houver sinais como olhos vermelhos, reflexos brancos na pupila ou sinais de estrabismo. Também é importante verificar a existência de outros casos de retinoblastoma na família”, orienta Flávia Sardenberg.
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