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Bem-estar

Por que o Faustão está na fila de espera por um transplante?

A inclusão de um paciente nesta fila ocorre após uma indicação médica, na qual são avaliados diversos critérios, desde a gravidade da doença até a compatibilidade sanguínea

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Faustão segue internado. Foto: Divulgação / Band

Após piora no quadro de saúde, o apresentador Fausto Silva está na fila por um transplante. A notícia gerou comoção e polêmica. Muitos questionaram o motivo de Faustão entrar para a fila do SUS, aguardando por um coração. A resposta é simples, independente de posição, nível social e até de influência, no Brasil, o procedimento para receber um órgão é o mesmo.

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Todos os pacientes que necessitam de um transplante são inscritos no Cadastro Nacional de Receptores de Órgãos e Tecidos (CNR), que é gerido pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT), vinculado ao Ministério da Saúde. A inclusão de um paciente nesta fila ocorre após uma indicação médica, na qual são avaliados diversos critérios, desde a gravidade da doença até a compatibilidade sanguínea.

Muitos podem pensar que a ordem de inscrição determina quem recebe o órgão primeiro, mas, na realidade, o sistema prioriza os casos mais graves e aqueles com maior compatibilidade com o doador. Em cada estado, a Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) é responsável por organizar essa fila de espera e distribuir de maneira otimizada os órgãos disponíveis.

A transparência é uma característica chave do sistema. Todos os processos são monitorados e auditados para assegurar equidade e justiça na distribuição. Importante ressaltar que, no Brasil, a doação de órgãos só é realizada após a confirmação da morte cerebral do paciente e com o consentimento da família. Dessa forma, é crucial que as pessoas conversem com seus familiares sobre o desejo de serem doadoras.

Espírito Santo

No Espírito Santo quase 2 mil pessoas aguardam por um transplante. Dados atualizados nesta segunda-feira (21) mostram que duas pessoas esperam por um coração, 13 aguardam por fígado, 994 rim e 967 esperam por córneas. Em 2023, foram captados cinco corações no âmbito estadual, sendo quatro deles disponibilizados para a Central Nacional e um transplante realizado no Espírito Santo.

De acordo com a Secretaria da Saúde (Sesa) no Espírito Santo, são realizados transplantes de coração, fígado, rim, córnea/esclera, medula óssea autólogo e medula óssea aparentado e não aparentado. O estado conta com seis equipes credenciadas junto ao Sistema Nacional de Transplantes (SNT) habilitadas para transplantes de órgãos sólidos, cujos procedimentos são realizados no Hospital Meridional e no Hospital Evangélico de Vila Velha.

No Espírito Santo, quando um paciente com diagnóstico de morte encefálica internado em hospital é notificado à Central Estadual de Transplantes (CET), médicos especialistas validam o protocolo desse diagnóstico realizado pela equipe médica do hospital. A partir desta validação, o paciente em morte encefálica é classificado como doador em potencial e a família é informada da possibilidade de doação dos órgãos.

Após a entrevista familiar, a CET é informada da permissão desta família para a doação de órgãos e tecidos e se inicia a avaliação da história clínica, os antecedentes médicos e os exames laboratoriais. A viabilidade dos órgãos é avaliada, bem como a sorologia para afastar doenças infecciosas e a compatibilidade com prováveis receptores.


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