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Bem-estar

O que você come pode estar por trás da sua enxaqueca. Entenda

Alimentos comuns como queijos, chocolate e refrigerantes zero estão entre os vilões das crises, dizem especialistas

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alimentação; enxaqueca; saúde

Enxaqueca pode ser causada pela alimentação. Foto: Freepik

A enxaqueca é mais do que uma dor forte. Trata-se de uma condição neurológica crônica, que envolve desequilíbrios químicos e inflamatórios no cérebro. A alimentação tem papel direto no desencadeamento das crises. Por isso, saber o que evitar é um passo essencial no tratamento.

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De acordo com o nutrólogo Ronan Araujo, alimentos têm um impacto direito no sistema neurológico. “Em pacientes com enxaqueca, certos alimentos atuam como gatilhos químicos e inflamatórios, favorecendo a dor. Identificar esses alimentos é um passo essencial no controle da doença”, explica.

Alguns ingredientes alteram os vasos sanguíneos do cérebro e desregulam neurotransmissores. Por isso, podem causar crises intensas em quem é sensível. Entre os principais gatilhos estão cafeína, adoçantes artificiais, bebidas alcoólicas, chocolate e até cogumelos.

O chocolate costuma ser o principal vilão. O tipo amargo contém teobromina, cafeína e feniletilamina, substâncias que causam vasodilatação e ativam processos inflamatórios no cérebro. Isso pode aumentar a sensibilidade neurológica em pessoas predispostas.

Outros “vilões”

Queijos curados
Parmesão, gorgonzola, brie e roquefort são ricos em tiramina. Essa substância está ligada à dilatação dos vasos cerebrais.

Bebidas alcoólicas
Vinho tinto, espumantes e cervejas contêm tiramina, histaminas e sulfitos. Além disso, o álcool causa desidratação, o que piora as dores.

Carnes processadas
Presunto, salame e salsicha têm nitratos e nitritos. Esses aditivos causam inflamação e alterações nos vasos sanguíneos.

Cafeína em excesso ou abstinência
O uso exagerado de café e energéticos, ou a retirada repentina da cafeína, pode causar crises em pessoas predispostas.

Produtos ultraprocessados
Glutamato monossódico está presente em temperos prontos, fast food e salgadinhos. A substância é um conhecido gatilho neurológico.

Adoçantes artificiais
Aspartame e outros adoçantes presentes em refrigerantes diet ou zero também afetam os neurotransmissores.

Frutas cítricas (em alguns casos)
Laranja, limão e abacaxi contêm compostos naturais que, em algumas pessoas, podem estimular o surgimento da dor.

Prevenir é possível

O ideal é manter um diário alimentar. Com isso, é possível identificar quais alimentos antecedem as crises. Além da alimentação, outros fatores influenciam como qualidade do sono, estresse, falta de hidratação e ciclos hormonais.

“Quando tratamos a enxaqueca olhando apenas para a dor, perdemos a chance de solucionar o problema pela raiz […] priorizo o equilíbrio global do paciente: alimentação, estilo de vida, microbiota intestinal, níveis de vitaminas e hormônios. Tudo está interligado”, ressalta Araujo.