Noripurum EV: remédio para anemia está em falta nas farmácias do ES

Medicamento endovenoso. Foto: FreePik

Nos últimos meses, pacientes no Espírito Santo têm enfrentado dificuldades para encontrar o medicamento Noripurum EV nas farmácias da região. Agora, a situação atingiu um ponto crítico, com grande parte das farmácias na Grande Vitória relatando estoques zerados do produto.

O Noripurum EV, uma solução injetável vendida em caixa com cinco ampolas, é administrado com soro na veia do paciente. O remédio é indicado para tratar anemias ou níveis baixos de ferro, sendo seu uso restrito à prescrição médica.

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“Entrei em um ciclo de cinco semanas, usando duas ampolas por aplicação, duas vezes por semana. Precisava de pelo menos quatro caixas e só consegui duas. Tive que interromper o tratamento. Após muita busca, encontrei uma farmácia com estoque no interior do estado. Aqui na Grande Vitória não tem mais”, disse uma paciente que preferiu não se identificar.

NORIPURUM EV EM FALTA PREJUDICA TRATAMENTO?

A médica hematologista Samira Fiorot comentou que muitos pacientes reclamam diariamente da falta do Noripurum. Quando encontram, ou não há a quantidade necessária, ou o preço está elevado. “Existem medicamentos similares, como o Ferinject, porém o custo é elevado, tornando-o inacessível para a maioria dos pacientes que necessitam de reposição endovenosa de ferro. Além disso, para trocar o Noripurum EV, é necessário obter uma nova prescrição médica devido à natureza endovenosa do medicamento”.

Ainda de acordo com a médica, a falta de medicação para pacientes que não conseguem absorver o ferro por via oral pode resultar em ferropenia grave, manifestando-se através de sintomas como anemia, fraqueza, cansaço, queda de cabelo, cefaleia, entre outros.

O QUE DIZ A EMPRESA?

Fabricado pela Takeda Áustria GmbH e licenciado para a Blanver, responsável pelo registro sanitário, importação e comercialização no Brasil em acordo com a CSL Vifor Pharma, o Noripurum EV tornou-se escasso devido a uma redução temporária na oferta global.

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A Blanver, em comunicado, esclarece que essa escassez não se deve a falhas em sua gestão ou planejamento, mas sim a um problema enfrentado pelo fabricante. A empresa afirma estar em contato diário com a CSL Vifor Pharma, buscando uma solução conjunta para restabelecer o abastecimento no menor prazo possível.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi devidamente informada sobre a situação, conforme declaração da Blanver. Espera-se que a importação e a comercialização do Noripurum EV se normalizem até o final do primeiro trimestre de 2024, segundo informações do fabricante.

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Enquanto isso, a recomendação é que os pacientes consultem seus médicos para avaliar alternativas terapêuticas disponíveis no mercado. A Blanver se compromete a fornecer atualizações periódicas sobre a situação dos embarques e a liberação para comercialização do medicamento através de seu site e mídias sociais.

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