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Bem-estar

Esportes auxiliam no desenvolvimento mental e afetivo das crianças

Regras, particularidades e habilidades são alguns itens que os mais novos passam a compreender melhor quando em prática de uma brincadeira

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Criança praticando esporte; futebol. Foto: FreePik

Criança praticando esporte; futebol. Foto: FreePik

 

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Na primeira infância, brincar é o ato mais importante da rotina infantil. Seja em grupo ou individualmente, com crianças ou com a família, em casa ou na escola, é por meio da prática divertida que as crianças mais compreendem conceitos que levarão para toda a vida. Regras, particularidades e habilidades são alguns itens que os mais novos passam a compreender melhor quando em prática de uma brincadeira em que se envolveram por completo.

Participar de brincadeiras pode influenciar em práticas esportivas, por exemplo, que são responsáveis por contribuir para o desenvolvimento saudável infantil com foco no afastamento de possíveis atrasos na saúde mental das crianças e, principalmente, na compreensão acerca das emoções infantis. Um estudo realizado nos Estados Unidos e publicado na revista científica Plos One indica que as crianças que participam ativamente de práticas esportivas coletivas apresentam melhor desenvolvimento relacionado à construção mental e afetiva do que as que não participam.

Com os resultados alcançados, a pesquisa reforça que participar de práticas esportivas pode colaborar com o desenvolvimento mental das crianças e, especialmente, com o emocional, já que auxilia na compreensão de como lidar com alguns sentimentos específicos, como a frustração ao perder ou a euforia ao ganhar um jogo. Para Talita Espíndula, compreender as emoções ainda na primeira infância é fundamental para as crianças moldarem, à sua própria maneira, as relações que podem construir com outras pessoas a partir da forma com que lidam com os próprios sentimentos.

“Compreender o que cada sentimento significa quando o sentimos pode influenciar em nossas ações imediatas e, por isso, é importante entender, desde crianças, como as emoções impactam as nossas relações. No esporte, por exemplo, a melhor maneira de assimilar o que perder e ganhar significa é na prática. Perder é comum, mas é algo passageiro. Portanto, precisamos, enquanto adultos, evidenciar que a frustração é normal, mas que, se a criança continuar praticando e se aprimorando, é possível alcançar a euforia de ganhar uma partida, por exemplo”, explica a psicóloga da Upuerê Educação Infantil.

Compreender as emoções na primeira infância pode trazer melhorias?

Talita comenta que, além de compreenderem sobre regras e sobre conceitos como a coletividade, as crianças também começam a entender como podem lidar com os sentimentos gerados a partir das melhorias promovidas pelas atividades. “Durante este processo de constante desenvolvimento, melhorias são originadas, como a construção da memória, do raciocínio e da criatividade infantil, e, principalmente, das habilidades socioemocionais, que tornam nossas crianças mais resilientes e as auxiliam a entender mais sobre o próprio autoconhecimento”, afirma a psicóloga.

A especialista reforça que os pais são os principais modelos em que as crianças se espelham para imitar e, desta forma, assimilar cada vivência. “Especialmente no processo de desenvolvimento e descobrimento das emoções, as crianças se espelham nos mais velhos para saber como reagir a determinadas situações. Lidar com as emoções é um processo constante de autoconhecimento e análise interna até mesmo para nós adultos, por isso é importante ter atenção a como reagir em frente das crianças, para que elas não reproduzam comportamentos negativos com os amigos”, finaliza Talita.