Dia Mundial da Saúde: os hábitos que podem evitar o câncer e doenças cardíacas

Dia Mundial da Saúde. Foto: FreePik

O estilo de vida de uma pessoa tem mais peso que a genética quando o assunto é prevenir doenças graves como câncer e problemas cardíacos. A afirmação, respaldada por médicos especialistas, marca as discussões neste Dia Mundial da Saúde, celebrado nesta segunda-feira (7).

Dados médicos e estatísticos apontam que hábitos como sedentarismo, má alimentação e tabagismo têm um impacto direto no aumento dos casos de doenças crônicas. Por outro lado, a adoção de rotinas saudáveis pode reduzir significativamente o risco de desenvolver enfermidades como câncer de mama, próstata, pulmão, intestino e as doenças do coração.

Câncer: 90% dos casos têm relação com estilo de vida

De acordo com o oncologista Roberto Lima, do Vitória Apart Hospital, a genética tem peso relevante apenas em uma pequena parcela dos pacientes com câncer — cerca de 5% a 10%. “O que é herdado não é o câncer em si, mas uma predisposição genética, um aumento no risco de desenvolver certos tipos da doença”, explica.

Segundo ele, síndromes de câncer hereditário são raras, mas um histórico familiar pode justificar testes genéticos. Ainda assim, os principais fatores de risco estão associados a comportamentos diários.

“Fumar, consumir álcool em excesso, ter alimentação rica em processados, sedentarismo, obesidade e exposição excessiva ao sol** aumentam as chances de desenvolver a doença”, diz. “Em contrapartida, não fumar, manter uma dieta equilibrada, praticar exercícios, proteger-se do sol e fazer exames de rotina podem reduzir bastante os riscos.”

Atividade física e sono são aliados do coração

O mesmo princípio vale para doenças cardíacas. Segundo o cardiologista Robson Chamon, também do Vitória Apart, a prevenção passa por medidas simples no dia a dia, como se movimentar mais, dormir bem e alimentar-se melhor.

“Praticar exercícios é a intervenção mais poderosa para prolongar a vida com qualidade. A meta deve ser 170 minutos por semana de atividade moderada ou 90 minutos de atividade intensa”, orienta. O importante, segundo ele, é a regularidade, e não necessariamente a intensidade.

Outro ponto essencial é o sono. “Dormir ao menos 7 horas por noite melhora o controle do apetite, reduz o estresse e fortalece a capacidade de tomar boas decisões ao longo do dia”, afirma o cardiologista.

Pequenas escolhas, grandes resultados

Na alimentação, a regra é clara: quanto mais natural, melhor. “Se você precisa desembrulhar para comer, provavelmente não é tão saudável”, alerta Chamon. Ele também destaca o impacto do estresse crônico, que contribui para a inflamação do organismo — processo presente na origem de diversas doenças graves.

“Não podemos mudar nossa genética, mas podemos escolher como viver. Pequenas mudanças feitas com constância fazem toda a diferença para uma vida mais saudável e equilibrada”, finaliza.

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