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Bem-estar

Anvisa proíbe a venda de produtos à base de fenol

ação foi motivada pela morte do empresário Henrique Silva Chagas, ocorrida no início de junho, após um procedimento de peeling de fenol

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Peeling de fenol é usado para rejuvenescimento

Anvisa proíbe temporariamente venda de produtos à base de fenol. Foto: Reprodução/TikTok

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou nesta terça-feira (25) a proibição temporária da importação, fabricação, manipulação, comercialização, propaganda e uso de produtos à base de fenol em procedimentos de saúde e estéticos. A decisão visa proteger a saúde pública e garantir a integridade física da população brasileira.

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Medida cautelar e investigação

Em nota, a Anvisa explicou que a medida é uma ação preventiva até que se concluam as investigações sobre os potenciais danos associados ao uso do fenol. “Até a presente data, não foram apresentados à Agência estudos que comprovem a eficácia e segurança do produto fenol para uso em tais procedimentos”, declarou a agência.

A proibição segue a ação do Conselho Regional de Medicina de São Paulo (Cremesp), que recentemente entrou com um pedido na Justiça Federal para suspender a venda de substâncias químicas à base de fenol para não-médicos. A ação do Cremesp foi motivada pela morte do empresário Henrique Silva Chagas, ocorrida no início de junho, após um procedimento de peeling de fenol em São Paulo.

Henrique Silva Chagas passou por um procedimento que envolveu a aplicação de fenol e não resistiu. Segundo o boletim de ocorrência, o empresário realizou uma limpeza de pele seguida de aplicação de anestésico e raspagem para receber o fenol, o que resultou em sua morte.

Riscos do peeling de fenol

O peeling de fenol é um procedimento agressivo que envolve a aplicação de uma solução cáustica para provocar a queimadura e descamação da pele, visando suavizar rugas e manchas. Contudo, especialistas alertam para os graves riscos à saúde associados a essa técnica.

Complicações e cardiotoxicidade

O procedimento pode causar escurecimento permanente da pele e cicatrizes que comprometem o funcionamento de áreas do rosto. Além disso, o fenol é cardiotóxico, podendo alterar a frequência cardíaca, provocar arritmias e, em casos extremos, levar à parada cardíaca. A dermatologista Edileia Bagatin recomenda que o procedimento seja realizado apenas em ambientes monitorados, especialmente se a concentração de fenol for alta.

A Anvisa reafirma seu compromisso em proteger a saúde pública e continuará monitorando a situação até que estudos conclusivos sobre a segurança do fenol sejam apresentados. A proibição temporária permanece em vigor enquanto as investigações estão em andamento, buscando garantir que procedimentos médicos e estéticos sejam seguros para a população.


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