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Vai faltar água ou não no ES nas próximas semanas?

O diretor-presidente da AGERH, Fábio Anhert, falou sobre a possibilidade de racionamento de água

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Apesar da falta de chuva, não há previsão de racionamento de água no ES. Foto: Divulgação (Agerh)

Com a crise hídrica provocada pela falta de chuva no Espírito Santo, uma preocupação que surge na população é sobre a possibilidade de desabastecimento de água e o risco de racionamento. Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, o diretor-presidente Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH), Fábio Anhert, detalhou a situação crítica dos rios especialmente após um longo período de estiagem que já dura mais de 90 dias. Na última quarta-feira, o Governo publicou uma medida de alerta com restrição para o uso residencial, industrial e agrícola da água.

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“Os nossos rios aqui no Espírito Santo estão com as vazões muito baixas, em valores mínimos, como consequência desse forte período de estiagem”, explicou Anhert. Mesmo com a crise hídrica se agravando, ele tranquilizou a população quanto à possibilidade de racionamento imediato. “No momento, não há risco de desabastecimento em grande escala, especialmente na Grande Vitória, graças ao controle do reservatório de Rio Bonito e a integração dos sistemas de abastecimento.”

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Porém, ele ressaltou que o cenário precisa ser monitorado constantemente, já que as previsões climáticas indicam a chegada das chuvas apenas no final de outubro. “Estamos vivendo uma nova realidade hidrológica, consequência das mudanças climáticas. Vazões mínimas estão cada vez mais frequentes, e precisamos estar preparados para os desafios que isso traz.”

Anhert encerrou a entrevista reforçando a importância da disciplina no uso da água, principalmente em tempos de seca, e destacou que o governo está investindo em tecnologia e aprimorando a infraestrutura hídrica do estado para lidar com eventos extremos.

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Nível de água dos rios preocupa

A crise hídrica atinge com mais intensidade a porção norte do estado, onde os rios São Mateus e Doce enfrentam quedas acentuadas. Anhert ressaltou a gravidade da situação: “O Rio São Mateus está com uma vazão de 2.400 litros por segundo, enquanto a média para setembro gira em torno de 23 mil litros por segundo.” Essa queda representa apenas 10% da média histórica, alertando para a necessidade de medidas de controle e conscientização.

Além da baixa vazão, outro problema preocupa as autoridades no norte do Espírito Santo: a salinização do Rio São Mateus. Segundo Anhert, “a força da água do mar, em função da oscilação de marés, está entrando no rio devido à baixa vazão, trazendo problemas para o abastecimento de água na região.”

Para mitigar esses impactos, alternativas como o fornecimento de carros-pipa e perfuração de poços estão sendo estudadas pelo governo estadual. “A prioridade agora é garantir água para o abastecimento público e para os animais”, destacou Anhert.

Na Grande Vitória, o cenário, embora menos grave, também demanda atenção. Anhert explicou que os rios Jucu e Santa Maria da Vitória, responsáveis pelo abastecimento da região, ainda possuem vazões seguras. “A vazão do Rio Santa Maria da Vitória está em 3.700 litros por segundo, e o reservatório de Rio Bonito, com 84% da capacidade, garante o abastecimento de água”, afirmou.

Entretanto, Anhert fez um alerta para o uso consciente da água em todas as regiões do estado, destacando que ações como lavar calçadas e carros com mangueira já estão proibidas por resolução. “É fundamental que todos colaborem. Atitudes individuais podem evitar maiores problemas durante o período de estiagem.”


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