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Sincades: como a reforma tributária preocupa setor atacadista do ES

O Superintendente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo, Cézar Pinto, conversa com a BandNews ES

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Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, o superintendente do Sindicato do Comércio Atacadista e Distribuidor do Espírito Santo (Sincades), Cézar Pinto, destacou a trajetória de 27 anos da entidade, que se consolidou como um importante elo entre a indústria e o varejo no Espírito Santo. Criado em 1997, o sindicato nasceu inicialmente como Associação dos Distribuidores do Estado do Espírito Santo (ACADES) e, em 2007, transformou-se no Sincades, ampliando sua representatividade e fortalecendo o setor.

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Cézar explica que o setor atacadista se destaca pela função estratégica de distribuir produtos essenciais. “Nós estamos falando daquilo que a indústria produz e, para que a gente possa atender a todos os varejos a nível Brasil, nos mais de 5.500 municípios, nós temos nesse intervalo atacadista distribuidor. Todo medicamento que chega na farmácia, vamos botar 99% é através de um atacadista distribuidor”, exemplificou.

Estrutura e logística no Espírito Santo

Além de promover o desenvolvimento econômico, o Sincades contribui para a logística capixaba, que vem atraindo grandes investimentos em infraestrutura e galpões de armazenagem ao longo das rodovias. Cézar esclareceu que essa expansão envolve operadores logísticos, que compartilham espaços com diversas empresas, reduzindo custos operacionais. “O operador logístico, ele não é uma transportadora, ele não é um depósito fechado, ele não é um armazém geral. É um operador logístico, onde lá dentro você tem várias empresas que compartilham o espaço para reduzir seu custo”, explicou.

Apesar dos avanços, o setor enfrenta desafios relacionados à infraestrutura. As rodovias, por exemplo, ainda apresentam gargalos que dificultam o escoamento de mercadorias. Contudo, segundo Cézar, o Espírito Santo possui vantagens estratégicas que atraem empresas, como localização geográfica e segurança jurídica, o que sustenta a competitividade do setor.

Reforma tributária e impactos para o Sincades

A reforma tributária traz preocupações para o setor, especialmente com a mudança do recolhimento de impostos da origem para o destino, o que pode diminuir a competitividade do Espírito Santo. “Estamos bastante preocupados por quê? Porque como você mesmo colocou, a reforma tributária vai sair o imposto da origem para o destino. E o Espírito Santo, o consumo dele, nesse caso, é uma população pequena, que efetivamente não tem o consumo”, enfatizou Cézar.

O superintendente ressaltou que a mudança afetará os incentivos fiscais, fator que, junto com a localização estratégica e a segurança jurídica, impulsionou a instalação de empresas no estado. O governo estadual já articula medidas para mitigar possíveis impactos, em parceria com o setor empresarial.

Sincades investe em inovação e capacitação

Para garantir a continuidade do desenvolvimento do setor, o Sincades promove iniciativas de inovação e qualificação. Um exemplo é o Sincadistec, uma parceria com a FAESA que busca aprimorar tecnologias e processos do setor. O sindicato também investe na capacitação das novas gerações por meio do Sincades Sucessores, projeto voltado para a formação de lideranças.

Outro aspecto destacado foi a dificuldade na contratação e retenção de mão de obra qualificada, um problema que afeta não só o setor atacadista, mas também o varejo e a indústria. Para minimizar essa carência, o Sincades trabalha em conjunto com a Federação do Comércio e o sistema Senac, além de contar com apoio de instituições acadêmicas.


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