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Canetas de Emagrecimento: médica explica as diferenças e os riscos
Em entrevista a BandNews FM ES a médica endocrinologista e metabologista, Dra. Fernanda Zottich Loureiro, fala sobre o tema
Em entrevista à BandNews FM Espírito Santo, a médica endocrinologista e metabologista, Dra. Fernanda Zottich Loureiro, pós-graduada em nutrologia clínica, discutiu os desafios e cuidados no uso de medicamentos para o tratamento da obesidade.
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Dra. Fernanda esclareceu que as “canetas de emagrecimento” ganharam popularidade nas redes sociais, apesar dos riscos. “Na farmácia, você consegue apenas falar com a medicação que você quer e consegue comprar com muita facilidade”, disse ela. Esses medicamentos, que deveriam ser vendidos sob prescrição médica, estão acessíveis sem o devido controle.
Os medicamentos, como Victosa, Saxenda, Ozempic, Ribelsus e Wegovy, foram inicialmente desenvolvidos para tratar diabetes, mas mostraram eficácia na perda de peso. “Essas medicações foram descobertas para o tratamento do diabetes e evidenciou-se a perda de peso com o tratamento”, explicou Dra. Fernanda.
Uso Seguro e Supervisão Médica
É essencial que o uso desses medicamentos seja acompanhado por um médico. “Para início do tratamento você tem uma dose inicial com uma progressão gradativa, que pode ser tanto um mês ou até com uma duração um pouco maior”, ressaltou Dra. Fernanda. O acompanhamento médico é crucial para evitar efeitos colaterais graves, como hipoglicemia e desnutrição.
A popularização dos medicamentos entre celebridades e influenciadores digitais tem gerado preocupações adicionais. Dra. Fernanda alertou que, sem orientação adequada, o uso dessas medicações pode levar a problemas como queda de cabelo, fadiga e perda de massa muscular. “O paciente perde muita energia, se sente fraco, e nutricionalmente falando, ele tem outras consequências”, afirmou.
Alternativas à Cirurgia Bariátrica
Os medicamentos não substituem a necessidade de cirurgias bariátricas, mas oferecem uma alternativa terapêutica. “São ferramentas diferentes para tratar a obesidade, que é uma doença crônica, que não tem cura, que é recidivante”, disse Dra. Fernanda. Ela destacou que novos medicamentos mais potentes estão sendo desenvolvidos e poderão ser comparáveis à eficácia das cirurgias bariátricas.
Controle de Venda e Propaganda
Nos Estados Unidos, a propaganda de medicamentos na televisão é permitida, mas vem acompanhada de longos avisos sobre os efeitos colaterais. No Brasil, esse tipo de propaganda é vetado, mas os medicamentos ainda são vendidos sem o controle adequado. “Lá o controle da prescrição é maior. Aqui no Brasil não, infelizmente”, explicou Dra. Fernanda.
Dra. Fernanda enfatizou a importância de um tratamento multidisciplinar para a obesidade, incluindo acompanhamento nutricional e atividade física. Ela também destacou o perigo dos falsos especialistas em emagrecimento.
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