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Sequência de casos de feminicídios choca o Espírito Santo

Casos alarmantes de feminicídio no Espírito Santo reacendem o debate sobre como combater a violência contra a mulher de forma eficaz

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Nos últimos meses, o Espírito Santo tem enfrentado uma onda alarmante de violência contra a mulher. Casos trágicos, como o de Aline Ribeiro da Rosa, de 35 anos, brutalmente assassinada a tiros pelo ex-marido em Aracruz, e o de Katiane Ferreira, de 39 anos, morta em Colatina, reacenderam o debate sobre feminicídio e a segurança das mulheres. Para entender melhor o cenário e as medidas em andamento, entrevistamos o advogado criminalista Rivelino Amaral.

A violência contra a mulher não é um problema novo, mas a frequência e a brutalidade dos casos recentes chamam a atenção. Em Aracruz, Aline Ribeiro foi assassinada em plena luz do dia, na frente de várias testemunhas, inclusive crianças. Em outro caso, Priscila de Ambrósio e seu filho de quatro anos foram mortos por uma dívida de R$ 10 mil. Esses episódios trágicos destacam a necessidade urgente de medidas mais eficazes para proteger as mulheres.

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Debate sobre feminicídio e punições

Em entrevista ao EStúdio 360, o advogado Rivelino Amaral explica que o feminicídio é uma categoria específica de homicídio, incluída recentemente no código penal brasileiro, com pena máxima de 30 anos. Ele enfatiza que os sinais de alerta, como violência psicológica e física, geralmente precedem o feminicídio. Embora o Estado não consiga estar em todos os lugares ao mesmo tempo, mecanismos como o botão do pânico e a Lei Maria da Penha têm mostrado eficácia na redução desses crimes.

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O Estado adota várias medidas para tentar prevenir a violência contra a mulher. Visitas tranquilizadoras, onde a polícia militar visita casas de vítimas em conflito, e ordens de afastamento do agressor são algumas dessas ações. Além disso, é crucial que as vítimas registrem boletins de ocorrência para que o Estado tenha dados precisos e possa atuar de maneira mais eficaz em áreas de risco.

Educação e sensibilização como soluções a longo prazo

Além das medidas imediatas, a educação e a sensibilização são fundamentais para combater a raiz do problema. A sociedade patriarcal, a falta de exemplos positivos e a sensação de impunidade contribuem para a perpetuação da violência. Amaral destaca a importância de uma abordagem multidisciplinar, envolvendo escolas, famílias e políticas públicas, para promover uma mudança cultural e reduzir a incidência de crimes.

A violência contra a mulher tem repercussões econômicas e sociais significativas. A instabilidade econômica pode aumentar a agressividade, levando a um aumento nos casos de violência doméstica. A sensação de insegurança e a percepção de ineficácia do sistema judicial agravam a situação, tornando a vida das mulheres ainda mais vulnerável.

Responsabilidade da sociedade

Cada cidadão tem um papel crucial na luta contra a violência. Denunciar casos de violência, apoiar vítimas e promover uma cultura de respeito e igualdade são passos essenciais. A participação ativa da sociedade é vital para pressionar o Estado a adotar medidas mais eficazes e garantir que as leis existentes sejam cumpridas rigorosamente.

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