Nos últimos dias, o Espírito Santo tem vivido uma série de transtornos provocados pelas fortes chuvas. Pontos de alagamento foram registrados por todo o estado, e muitas pessoas acabam se vendo no meio da água, seja dentro dos veículos, dentro de casas, nas ruas ou a pé. O problema é o risco que essas pessoas correm ao ter contato com a água. Entre as doenças mais comuns que atingem as vítimas de alagamentos, está a leptospirose, que sempre tem aumento de casos após as enchentes. A infectologista Ana Carolina D’Etorres explica os riscos da doença.
A leptospirose é uma infecção causada por um grupo de bactérias que infecta não só humanos, mas também outros mamíferos, animais de estimação e até gado. O principal vetor da doença na área urbana é o rato, que por meio da urina do animal, misturada com a água da chuva, acaba gerando essa doença. Ela é considerada uma doença grave, com uma letalidade de até 40%. É uma síndrome febril com sintomas muito variados, que vão desde dores musculares até insuficiência renal.
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De maneira geral, febre alta, dor muscular na panturrilha e na articulação, e amarelão, o sintoma da insuficiência do fígado. Por conta dos sintomas amplos, é muito fácil o erro de diagnóstico. Por isso, é importante que o paciente relate ao médico que esteve em área de alagamento e teve contato com a água. O tratamento é com antibiótico e tem cura, mas se houver demora para o início da medicação, a doença pode ser letal.
Quando é inevitável o contato com a água do alagamento, utilizar materiais impermeáveis para que o contato com a água seja o menor possível. A principal preocupação é nos casos de pele lesionada, que facilita a contração da doença. Na hora da limpeza dos locais, ela deve ser feita com água sanitária por 15 minutos para poder retirar todo o resíduo da doença.