Dinheiro
Agronegócio impulsiona crescimento econômico do Brasil
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) revisou a previsão de crescimento de 1,2% para 2,1%
Foto: Pexels
Impulsionado pelo agronegócio, o Brasil deve apresentar uma elevação no crescimento econômico para este ano. A Confederação Nacional da Indústria (CNI), no relatório do segundo trimestre, revisou a previsão de crescimento de 1,2% para 2,1%.
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Apesar do bom desempenho do agronegócio, os demais setores da economia estão enfrentando dificuldades, com crescimento em desaceleração ou até mesmo retração. A CNI enfatiza a importância de uma reforma no sistema tributário e redução dos juros para revitalizar a economia brasileira.
Espera-se que a agropecuária cresça 13,8% este ano, um crescimento robusto devido à produção recorde de alimentos. A indústria, entretanto, terá um crescimento mais modesto de apenas 0,6%. A indústria de construção deve crescer 1,5%, enquanto a indústria da transformação, prejudicada pelos altos juros, deverá encolher 0,9% em 2023.
A CNI alerta que a falta de competitividade da indústria nacional é causada pela complexidade do sistema tributário e a escassez de crédito em decorrência dos altos juros. Ainda assim, a reforma tributária e a possível queda da Taxa Selic trazem uma perspectiva otimista para a economia.
Para além da reforma tributária e queda dos juros, a CNI recomenda acelerar o desenvolvimento de uma política industrial que permita ao Brasil se inserir de forma inovadora e sustentável nas cadeias de produção globais.
A confederação projeta que a inflação, medida pelo IPCA, terminará o ano em 4,9%, abaixo da previsão anterior de 6%. A redução da inflação deve ajudar a recompor o poder de compra das famílias e estimular o consumo.
A CNI prevê uma melhoria no mercado de trabalho, com a taxa média de desemprego caindo para 8,3% em 2023. O consumo das famílias deve subir 1,8% em 2023, uma melhoria em relação à previsão anterior de 1,2%.
No âmbito financeiro, a CNI projeta que a Taxa Selic terminará 2023 em 11,75%, uma queda de dois pontos percentuais em relação ao valor atual. A previsão para o dólar comercial é de R$ 4,90 no fim do ano, em contraste com a previsão anterior de R$ 5,35.
Em termos de comércio exterior, a previsão de superávit da balança comercial para este ano aumentou de US$ 55,7 bilhões para US$ 62,4 bilhões. No entanto, a previsão de déficit primário permanece em 1,1% do PIB.
