VÍDEOS: Orelhões fizeram sucesso em quadros de humor na TV

As filas enormes para usar os telefones públicos para fazer uma simples ligação para dar um recado era cena comum nas ruas. Tudo mudou com a chegada da tecnologia, e, em pouco tempo, a vida sem celular já nem fazia parte da lembrança de muitos. Com a chegada dos celulares, os orelhões caíram em desuso. Em um futuro não muito distante, encontrar telefones públicos nas ruas do estado será tarefa de gincana. O processo de desaparecimento dos orelhões ganhou um catalisador com a sanção, pelo presidente Jair Bolsonaro, no início do mês passado, da Lei Geral das Telecomunicações.

O orelhão fez sucesso em vários quadros de humor na televisão brasileira. Nos anos 80, um personagem do Jô Soares divertiu o Brasil dando voz aos torcedores da Seleção, na época inconformados com o esquema tático adotado pelo então técnico Telê Santana. Telê abriu mão do ponta-direita do time – a equipe passou a jogar com quatro jogadores no meio de campo e dois no ataque. Zé da Galera ligava de um orelhão para dar palpites no time. E exigia, aos gritos: “Bota ponta, Telê”. Ainda na mesma década, o comediante Aloísio Ferreira Gomes, o “Canarinho” ganhou destaque no programa humorístico “A Praça É Nossa” usando o telefone público próximo de outras pessoas, falando alto, e provocando grandes confusões.

Relembre quadros de humor que fizeram sucesso nos anos 80

Numa época marcante da publicidade brasileira, a agência DPZ produziu, em 1980, um filme onde um orelhão “morria”, por conta do vandalismo do qual os equipamentos eram vítimas constantes. O filme criado por Neil Ferreira, José Zaragoza e Nelo Pimentel mostrava que preservar os orelhões era uma responsabilidade de todos. O anúncio, intitulado “Vandalismo”, ganhou o prêmio de melhores efeitos especiais pela entidade Hollywood Radio and Television Society NYC.