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Pinguins encalham no ES e Instituto alerta para cuidados

Seis pinguins foram encontrados no litoral capixaba no fim de semana; três deles morreram antes de receber atendimento

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Exaustos, magros e com frio, pinguins-de-magalhães estão aparecendo nas praias capixabas em estado debilitado

Exaustos, magros e com frio, pinguins-de-magalhães estão aparecendo nas praias capixabas em estado debilitado. Foto: Reprodução/Instagram

O litoral do Espírito Santo tem sido cenário de uma cena pouco comum, mas preocupante: o encalhe de pinguins. Somente neste fim de semana, seis aves foram encontradas em praias do estado. Três delas não resistiram. Nesta segunda-feira (14), um novo caso foi registrado: um pinguim foi encontrado morto na Praia dos Castelhanos, em Anchieta.

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Segundo o Instituto de Pesquisa e Reabilitação de Animais Marinhos (IPRAM), as aves são da espécie pinguim-de-magalhães, originária da Patagônia Argentina, e a presença delas em águas brasileiras é considerada natural durante o período migratório. No entanto, os encalhes são sinais de alerta.

De acordo com os especialistas, os pinguins que chegam à costa costumam estar em condições debilitadas, resultado da dificuldade em encontrar alimento durante o trajeto. Muitos chegam exaustos, magros e com frio, o que os leva a buscar abrigo em terra firme — um comportamento que já indica que o animal está em sofrimento.

“Um pinguim saudável jamais estaria capotando sob as ondas na praia. Isso a gente chama de encalhe”, explica a equipe do IPRAM.

Todos os animais resgatados são encaminhados para a base do IPRAM na Praia dos Recifes, em Vila Velha, onde passam por triagem e cuidados veterinários. No entanto, alguns não resistem ao transporte ou morrem antes que o resgate chegue, reforçando a necessidade de atenção rápida da população.

O que fazer ao encontrar um pinguim?

O IPRAM orienta que, ao avistar um pinguim encalhado, a pessoa não tente manusear o animal, por conta do risco de contaminação por gripe aviária. A recomendação é proteger o pinguim com uma toalha seca ou cavar um buraco na areia para barrar o vento, mantendo distância.

Apenas profissionais autorizados e com equipamento adequado devem fazer o resgate.

Em caso de avistamento, a orientação é acionar imediatamente o IPRAM pelos canais oficiais:

  • 0800 991 4800
  • Para Serra, Fundão, Aracruz e Conceição da Barra: (27) 99970-2576

O instituto reforça que, embora esses episódios não sejam inéditos, o aumento de casos em curto período exige atenção redobrada e colaboração da sociedade para preservar essas aves migratórias.

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